Cerca de 700 clientes dos bancos comerciais que no primeiro semestre de 2011 estavam activos em Moçambique foram (temporária ou definitivamente) proibidos de usar cheques por falta ou insuficiência de provisão dos valores monetários em ordens de pagamentos por eles emitidas.
Eles faziam parte dos cerca de 2130 clientes constantes da lista do cadastro de emitentes de cheques sem provisão, dos quais 1431 na lista de clientes com apenas uma ocorrência, segundo o Banco de Moçambique (BM), no seu boletim do Sistema Nacional de Pagamentos referente ao primeiro semestre de 2011.
Face a 2010, este número representou um crescimento estimado em cerca de 26%, pois, no período em análise, foram devolvidos 13.422 cheques de clientes por falta ou insuficiência de provisão e destes apenas 4167 foram reportados na base de dados da lista primária, "o que pode sugerir que 69% dos cheques devolvidos foram regularizados em tempo útil", explica o BM.
Contas bancárias
Entretanto, durante o primeiro semestre de 2011, as contas bancárias aumentaram em cerca de 10%, passando a atingir 1.984.201 contas, situação influenciada pelo crescimento das contas bancárias em moeda nacional, em 10,1%, bem como pelo aumento das contas em moeda estrangeira em 8,8%.
A proporção das contas em moeda nacional e moeda estrangeira manteve-se em 95,3% e 4,7%, respectivamente, de acordo ainda com o BM, avançando que, em média, em cada 11 pessoas uma teve conta bancária no período em análise.
Refira-se que de Dezembro de 2010 a Junho de 2011 funcionaram no país 417 agências bancárias com a cidade de Maputo a deter maior número de agências, em número de 151 agências, representando um peso de 36% do total, seguida pela província de Maputo com 11%, Sofala (9%) e Nampula (9%). Em média, cada agência serviu a 1920,7 quilómetros quadrados e a 55.275 pessoas.
Já no que tange a cartões bancários, o BM indica que até Junho de 2011 o volume de cartões em circulação no país totalizava 2.394.597, dos quais cerca de 95%, ou seja, 2.275.456 cartões, correspondem a cartões de débito, contra 4,1% de cartões de crédito e 0,9% de cartões pré-pago.
Ainda no período em análise, os cartões de débito tiveram um incremento de 17,1% comparativamente a Dezembro de 2010, período durante o qual foram substituídos cartões com acesso apenas às redes nacionais pelos cartões de débito VISA.
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