A Associação de Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO) reclama a fraca disponibilidade de livros em "braille" no país, e alerta o Governo para a necessidade de adquirir mais material escolar para os alunos com cegueira.
O reforço com mais meios didácticos visa fundamentalmente garantir não apenas a integração social dos alunos com cegueira, mas também melhor aproveitamento pedagógico.
A afirmação foi feita pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral daquela agremiação a nível da Cidade e província de Maputo, Sérgio da Conceição, durante as celebrações do Dia Mundial do Braille, que foi assinalado Sexta-feira.
A celebração da efeméride decorreu sob o lema "O Braille é o Único Caminho para a Inclusão Social da Pessoa Cega" e para materializar o princípio, a ACAMO pretende contribuir à formação de uma sociedade sem discriminação, onde é cada vez mais possível a integração dos cegos.
Sérgio da Conceição apontou, a título de exemplo, o facto de existirem no país inteiro apenas 40 exemplares da Constituição da República, lei fundamental moçambicana, em braille como sinal claro da escassa disponibilidade de material livresco, facto que reduz a possibilidade de os cegos conhecerem os seus direitos e deveres.
"Queremos alertar às autoridades para que preparem atempadamente os livros apropriados. Lamentamos o facto de o uso do alfabeto para os cegos no país ser ainda bastante reduzido. Não existem livros em braille, no País", indicou a fonte.
O método de Braille constituiu um forte mecanismo de apoio as pessoas com deficiência visual, pois permite desenvolver várias actividades como leitura, integração profissional, música, laser entre outras.
O sistema de escrita foi inventado pelo francês Louis Braille, que ficou cego logo aos três anos de vida e veio a falecer, em Paris, em 1852, quando tinha 43 anos de idade.
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