A Polícia da República de Moçambique(PRM) em Tete deteve um indivíduo indiciado de envolvimento no roubo de combustível que terá originado a tragédia de Caphiridzange, no distrito de Moatize, na passada quinta-feira(17) e que já causou a morte a 88 moçambicanos.
De acordo com a cirurgiã plástica Celma Issufo os óbitos que todos os dias têm sido registados “são aqueles pacientes que não tem muitas possibilidades de vida, não tem nenhuma zona de pele, que não temos como cobrir as zonas queimadas, e que têm queimaduras muito profundas, pacientes que têm 70%, 80% ou 90% do corpo queimado, alguns tem mesmo 100% do corpo sem pele.”
“Esses casos são muito difíceis de salvar, mesmo em Países com muitos recursos, porque a única pele que prende no próprio indivíduo é a sua própria pele, então se não há sítio para tirar pele sã do próprio doente dificilmente vamos conseguir fazer algo para repor”, acrescentou a médica em declarações à TVM.
De acordo com fonte do Hospital provincial de Tete estão ainda internados 56 pacientes dos quais 30 estão em estado considerado crítico devido a gravidade das queimaduras nos seus corpos. Durante esta quarta-feira(23) cinco crianças e nove adultos foram submetidos a intervenções cirúrgicas correctivas que terão decorrido com algum sucesso.
Há registo da entrada de mais 20 cidadãos com ferimentos da explosão da passada quinta-feira(17) que inicialmente não tinham recebido nenhum tipo de atendimento hospitalar.
Entretanto a Polícia da República de Moçambique(PRM) deteve um indivíduo indiciado de envolvimento no roubo de combustível que deu origem a explosão que atingiu 173 pessoas, 43 perderam a vida no local.
“É um dos indivíduos importantes no processo, por sinal até tinha uma residência naquela zona(na localidade de Caphiridzange) que usava apenas para facilitar essas operações de compra ou mesmo de roubo de combustível” afirmou à televisão estatal o Comandante da PRM na província de Tete, que reconheceu a existência há vários anos de roubo e venda ilegal de combustíveis naquele região do Centro de Moçambique, e que acredita que ainda serão efectuadas outras detenções em torno do caso.
Recorde-se que o motorista do camião pertencente a uma empresa do Malawi está foragido assim como o condutor da viatura moçambicana que terá participado no roubo usando uma moto-bomba na véspera do dia da explosão.
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