O musical "La La Land - Cantando Estações" conquistou sete prémios no Globo de Ouro no domingo, em uma noite marcada por surpresas e por duras críticas de uma das maiores actrizes de Hollywood, Meryl Streep, ao Presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
"La La Land", um musical romântico sobre uma actriz em dificuldades e um pianista de jazz tentando ganhar a vida em Hollywood, levou para casa prémios de melhor comédia/musical e para suas estrelas Ryan Gosling e Emma Stone, assim como para o realizador Damien Chazelle, além de roteiro, trilha sonora e melhor música original.
Mas os momentos mais dramáticos da noite vieram com Meryl Streep, a mais respeitada actriz da sua geração, durante discurso de aceitação de um prémio pelo reconhecimento de sua carreira. Embora a actriz de 67 anos, três vezes vencedora do Oscar, nunca tenha mencionado Trump pelo nome, ela disse que a actuação mais triste do ano aconteceu “quando a pessoa que busca sentar-se no assento mais respeitado de nosso país imitou um repórter deficiente”.
“Ainda não consigo tirar isso da minha cabeça, porque não foi num filme, foi na vida real”, disse.
Meryl não foi a única celebridade a entrar na política no Globo de Ouro. O apresentador Jimmy Fallon, pela primeira vez liderando o espectáculo, abriu a cerimónia ao chamar a premiação de “um dos poucos lugares na América que ainda respeita a votação popular” — uma alfinetada sobre a vitória de Trump, que conquistou a Presidência dos EUA apesar de ter perdido no voto popular para Hillary Clinton.
Mas, tratando-se de cinema, a noite foi de “La La Land”, cujas sete vitórias representam um recorde de premiações de um único filme no Globo de Ouro.
A outra grande estatueta da noite foi para o filme de baixo orçamento “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, sobre um jovem negro que cresce em uma empobrecida vizinhança em Miami, que ganhou na categoria drama.
As vitórias no Globo de Ouro, entregues pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, fortalecem as expectativas de "La La Land" e "Moonlight" para o Oscar, em Fevereiro.
Casey Affleck, de “Manchester à Beira-Mar”, venceu o prémio de melhor actor de drama por seu papel como um homem de luto pela morte do irmão, ao passo que Viola Davis venceu o prémio de melhor atriz coadjuvante por seu papel no drama familiar “Fences”, a versão para cinema de uma peça de August Wilson.
Isabelle Huppert venceu na categoria actriz de drama por seu papel no suspense psicológico “Elle”, superando a favorita Natalie Portman, de “Jackie”, que recebera diversos prémios da crítica antes do Globo de Ouro.
Entre os prémios para a TV, o drama da família real britânica “The Crown”, da Netflix, venceu na categoria de melhor série dramática, superando a fantasia "Game of Thrones" e a ficção científica "Westworld”.
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