A oposição da Venezuela esteve reunida nesta quinta-feira em vários pontos da capital Caracas para tentar novamente marchar até a Defensoria do Povo, no centro da cidade, depois da jornada de protestos da véspera, que terminou com três mortes, várias pessoas feridas e mais de 500 detidos.
"Novamente, o grito dos venezuelanos será sentido ao longo de todo o país, exigindo democracia", escreveu a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) no Twitter, onde também foi compartilhada uma imagem com os 26 pontos de onde sairão os manifestantes pelo segundo dia em Caracas. Além disso, a plataforma opositora convocou os cidadãos a se concentrarem nos 23 estados do país para continuar com os protestos contra o que consideram um "golpe de Estado" e "uma ruptura da ordem constitucional".
O governador de Miranda e ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou no Twitter que as mobilizações desta quinta-feira pedem "eleições livres, respeito ao parlamento, bem como a abertura de um canal humanitário para a entrada de alimentos e medicamentos que estão escassos no país".
Além disso, o opositor indicou que os protestos buscam a libertação dos políticos presos e que não ocorram mais inabilitações a dirigentes, como a que foi aplicada a ele mesmo por 15 anos para exercer cargos públicos, ditada pela Controladoria da Venezuela.
Capriles pediu a empresas e instituições que "colaborassem" para que os cidadãos "possam se ausentar da sua actividade trabalhista e académica" para participar dos protestos e "defender a Constituição".
O primeiro vice-presidente do parlamento, o opositor Freddy Guevara, também afirmou no Twitter: "Hoje, mais do que nunca, devemos voltar às ruas e reafirmar que a resistência é pacífica. É a única forma de conseguir dividir ainda mais o regime".
Esta mobilização foi anunciada para as 10h locais e dezenas de pessoas já estão concentradas em pelo menos dois dos 26 pontos dispostos em Caracas, segundo constatou a Agência Efe. Os opositores tentarão pela sétima vez nas últimas três semanas marchar para a Defensoria do Povo para exigir ao seu titular que apoie o processo iniciado na Câmara com o qual a oposição pretende destituir sete juízes do Supremo.
Esses magistrados emitiram duas sentenças - que depois foram parcialmente suprimidas - que a procuradora-geral, Luisa Ortega, considerou que representavam uma ruptura constitucional no país, o que deu lugar a manifestações que, até agora, resultaram em um balanço de nove mortes e cerca de mil detenções.
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