Vergonhosamente, o Governo da Frelimo tem vindo, algumas vezes em silêncio e em segredo, a impingir aos moçambicanos as dívidas contraídas ilegalmente com o aval do Estado pelas empresas EMATUM, Proindicus e MAM. Esta quinta-feira (13), os moçambicanos serão crucificados com as dívidas, ou seja, os empréstimos passarão oficialmente a Dívida Pública, uma vez que, de forma impune, foram incorporadas, pelo Governo da Frelimo, na Conta Geral de Estado de 2015.
A turma dos “camaradas” que, com aquele ar de meros empregados públicos cientificamente preparados para dizer “sim” a todo tipo de documento, escrito num idioma parecido com o português para aldrabar incautos, prepara-se para legitimar a maior e das piores situações de corrupção pós-independência. Aliás, não se pode esperar outra posição da banca parlamentar da Frelimo, até porque os deputados cravados na Assembleia da República estão ali para subscrever documentos que visam deixar a população na penúria. Este grupo, na sua habitual chatice congénita, continua a demonstrar desprezo absoluto por alguns princípios básicos da democracia, valendo-se da maioria absoluta parlamentar. Os deputados da Frelimo prosseguem indiferentes ao eleitor, ao povo e à opinião pública.
Os últimos acontecimentos mostram-nos de que o país precisa de cidadãos. Precisa de cidadãos capaz de reagir as situações de corrupção e trapaça que tomaram proporções alarmantes. O país precisa de cidadãos que se recusam a aceitar que a impunidade dirija as naus do destino desta nação. O nosso país precisa de cidadãos que saiam às ruas, exibindo dísticos e panfletos, exigindo a prestação de contas e a responsabilização dos indivíduos que roubaram o país e colocaram os moçambicanos numa situação de total desespero.
O que temos assistido é indivíduos que fingem que o problema não lhes diz respeito e não querem se envolver por julgarem que não há solução. Temos assistido a uma Sociedade Civil apática, incapaz de mobilizar os cidadãos moçambicanos, à semelhança do que temos vindo a assistir na vizinha África de Sul. Moçambique não precisa de indivíduos que somente ficam a reclamar nas redes sociais ou sentados na poltrona das suas casa. Moçambique precisa de cidadãos no verdadeiro sentido da palavra. Precisa-se, portanto, de indivíduos que conhecem os seus direitos e que tenham iniciativa, se sintam comprometido e provoque uma mudança revolucionária.
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