Um jovem universitário está a contas com a entidade que garante a segurança e a ordem públicas e combate infracções à lei, incriminado de roubo de seis computadores portáteis nos Serviços Provinciais de Identificação Civil em Sofala, duas semanas após ter pedido a emissão urgente de um bilhete de identidade na mesma instituição.
As máquinas, ora recuperadas pela Polícia da República de Moçambique (PRM), na cidade da Beira, foram roubadas na última sexta-feira (14) e têm como função a captação de dados dos requerentes de bilhetes de identidade e sem elas todo o trabalho para o efeito torna-se impossível.
Aliás, o roubo ocorreu dias depois de uma outra instituição do Estado [Instituto Nacional dos Transportes Terrestres], naquela urbe, ter sofrido um assalto similar, protagonizado por indivíduos até aqui não identificados. Os gestores das duas entidades [sempre vigiadas] não sabem em que circunstâncias os dois roubos aconteceram.
Contudo, a Polícia, que acredita haver uma relação entre os dois casos, acredita que com a detenção do jovem estudante o roubo nos Serviços Provinciais de Identificação Civil poderá ser esclarecido, até porque ele assume o crime.
Daniel Macuácua, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofala, disse que já foi aberto um auto com vista à responsabilização do suspeito e a investigação continua com vista a clarificar os dois delitos.
Ainda na Beira, quatro indivíduos encontram-se igualmente presos, desde a semana passada, acusados de assaltos a residências com recursos a instrumentos contundentes. Para a Polícia, os indiciados semeavam terror no bairro da Ponta-Gêa.
A sua detenção contou o auxílio de uma das vítimas, que ao se aperceber de uma movimentação estranha contactou a Polícia. Os acusados disseram que são inocentes e a prisão não passa de uma tentativa de incriminá-los. Eles não se conhecem e era a primeira vez que ficavam um em frente do outro na esquadra.
Segundo narrou a suposta vítima, quando os quatro supostos bandidos se aperceberam da chegada da PRM, tentaram livrar-se dos instrumentos contundentes achados em sua posse, lançando-os ao mar.
Todavia, não foi possível enganar as autoridades policiais, pois acharam outros instrumentos na posse dos suspeitos.
De acordo com Daniel Macuácua, o caso já está a seguir os devido trâmites legais no sentido de se responsabilizar os suspeitos.
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