Dois supostos falsos militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) encontram-se privados de liberdade, desde segunda-feira (02), na província de Tete, acusados de falsas qualidades e estavam na posse ilegal de fardamento e material militar, o que leva a Polícia a presumir que eles praticavam assaltos. De Setembro a esta parte, já são cinco indivíduos presos por se fazerem passar por funcionários do Estado.
Os visados respondem pelos nomes de Tembo Nhaguni, de 49 anos de idade, e Fernando António, de 63 anos. Este é natural da província da Zambézia e aquele é oriundo de Tete.
Aliás, foi igualmente em Tete, onde a Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, em Setembro passado, dois indivíduos que se faziam passar por membros do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e de prática de extorsão.
Um deles era antigo membro da PRM na Zambézia – por sinal de onde vem Tembo Nhaguni – e o seu suposto cúmplice estava afecto a uma empresa de segurança privada em Tete.
Na posse dos dois falsos militares, a PRM recuperou 25 munições de uma arma automática Avtomat Kalashnikov modelo de 1947, vulgo AK-47, uma capa de chuva, uma mochila com calças e duas camisas e boné.
Em declarações à imprensa, Lurdes Ferreira, porta-voz da PRM, em Tete, disse que a mochila contendo farda militar em alusão estava na posse de Fernando António. Foi ele quem revelou que o material pertence ao seu amigo Tembo Nhaguni.
Este refutou a acusação, o que fez com que a Polícia se sentisse baralhava e num jogo de pingue-pongue. Conta que os indiciados causavam desmandos na comunidade onde vivem e algures, recorrendo ao fardamento, através do qual intimidavam as suas vítimas.
Agastada com tal situação, a população denunciou o caso à corporação e esta encetou buscas que culminaram a prisão dos dois homens, que não têm nenhuma ligação com as FADM, disse Lurdes Ferreira.
Ainda em Setembro último, em Tete, a Polícia deteve um indivíduo incriminado de tentar roubar viatura de uma cidadã, fazendo passar, para o efeito, de membro do SERNIC. O visado dirigiu-se ao escritório da vítima e exigiu os documentos do carro, numa acção similar a que os agentes de Trânsito fazem na via pública. Porém, fracassou.
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