O ministro dos Transportes e Comunicações garantiu, esta quarta-feira, em Maputo, que a aeronave executiva Bombardier, modelo Challenger 850, com capacidade para 15 passageiros, não foi adquirida para o uso específico do Presidente da República.
A aeronave custou aos cofres do Fundo de Desenvolvimento dos Transportes (FTC), instituição subordinado ao Ministério dos Transportes e Comunicações, 560 milhões de meticais, cerca de um quinto do que o Governo tem estado a investir nos últimos anos em transporte público de passageiros.
À margem da cerimónia de tomada de posse da nova direcção do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Carlos Mesquita explicou que a compra da nova aeronave resulta de uma solicitação da LAM-Linhas Aéreas de Moçambique e a sua filial MEX para desenvolverem a sua actividade de transporte de passageiros no segmento executivo.
“Trata-se de uma aeronave, com matrícula civil, que tem o propósito específico de realizar voos executivos, um segmento que se está a mostrar bastante atractivo, conforme consta da abordagem apresentada pela MEX ao Governo”, referiu o ministro.
Acrescentou que o Presidente da República várias vezes tem viajado em voos comerciais da LAM, onde têm sido constatadas incompatibilidades de horários entre os voos estabelecidos pela transportadora nacional, com os programas do estadista, quer na sua chegada ou na partida, por vezes ocasionando constrangimentos aos restantes passageiros.
“Daí que a Presidência da República possa ser um atractivo para esse segmento de negócio da MEX, caso a Presidência da República queira utilizar a nova aeronave”, explicou, ajuntando que a Presidência da República poderá também usar o Bombardier, modelo Challenger 850, no contexto comercial, da mesma forma que paga os serviços da LAM, quando o Chefe do Estado viaja”.
A aquisição do Challenger 850, segundo assegurou o governante, está associada à aquisição de dois outros Bombardier Q400, em “leasing”, para reforçar a frota da companhia moçambicana, minimizando o défice de aeronaves.
“Estas operações têm por objectivo a rentabilização da LAM, dotando-a de mais capacidade operativa e segura, porque precisamos de ter uma transportadora de bandeira nacional devidamente enquadrada neste mercado cada vez mais competitivo”, realçou.
Importa salientar que o Fundo de Desenvolvimento de Transportes e Comunicações tem, igualmente, apoiado outras áreas, como a marinha, aeroportos, incluindo a aquisição de autocarros para transportes públicos.
No âmbito do processo de reestruturação dos transportes públicos urbanos, em curso no País, espera-se, este ano, a aquisição de 300 autocarros, através do FTC.
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