O maior partido da oposição em Moçambique, Renamo, tornou-se, na quarta-feira (15), em Maputo, na primeira formação política a inscrever-se para a eleição intercalar na cidade de Nampula, a 24 de Janeiro próximo. Contudo, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) vai, oportunamente, notificar o partido sobre a validação ou não do processo, após examinar os documentos submetidos.
Esse é o passo que deve ser seguido pelos outros partidos políticos, coligações de partidos políticos e grupos de cidadãos que pretendam concorrer e/ou participar no referido sufrágio, que visa escolher o edil substituto de Mahamudo Amurane, assassinado na noite de 04 de Outubro passado, na sua casa.
O registo para o efeito decorre de 15 a 21 de Novembro corrente, enquanto as candidaturas terão lugar de 23 do mesmo mês a 07 de Dezembro próximo.
Rodrigues Timba, vogal da CNE, disse a jornalistas que, feita a inscrição pela “Perdiz”, seguir-se-á a análise dos documentos submetidos no sentido de verificar se estão ou não em conformidade com a lei.
O responsável comentou ainda o facto de o partido liderado por Afonso Dhlakama ter manifestado interesse em participar na eleição intercalar na terceira cidade mais importante do país logo no primeiro dia do período estabelecido para a inscrição, tendo afirmado que a atitude ajuda o órgão que gere os processos eleitorais a fazer o seu trabalho devidamente e prevenir conflitos. Por via disso, pediu colaboração das outras formações políticas, das coligações de partidos políticos e de grupos de cidadãos.
Neste momento, Nampula é dirigida interinamente por Américo Júlio da Costa Iemenle, presidente Assembleia Municipal. Ele substitui Manuel Francisco Tocova, detido durante quatro dias e depois restituído à liberdade, por alegada posse de arma de fogo do tipo pistola e cerca de 100 munições.
Nas eleições autárquicas realizadas em 2013, a Renamo boicotou o processo alegadamente porque exigia a revisão da lei eleitoral.
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