Os fiscais e cobradores responsáveis pela colecta de receitas em diferentes sectores no município de Nampula beneficiaram, ilegalmente, de mais de cinco milhões de meticais durante a presidência interina do polémico Manuel Tocova, segundo a informação avançada pelo vereador Administração e Finanças, Francisco Manhiça.
Segundo aquele responsável, parte dos fundos que eram colectados diariamente não era depositada na conta da edilidade, entre 05 de Outubro passado e 14 de Novembro corrente.
Por outras palavras, o presumível descaminho de verbas começou no dia seguinte à morte do edil Mahamudo Amurane, assassinado a 04 de Outubro, nas sua casa, por pessoas ainda não identificadas.
Quando Manuel Tocova assumiu a presidência interina da cidade de Nampula, houve desmandos que aumentaram à medida que se envolvia em polémicas e não se concentrava na gestão municipal.
Francisco Manhiça disse que os mais de cinco milhões de meticais a que se refere são preliminares, pois ainda está em curso um trabalho com vista a apurar o valor real, bem como a identificação dos funcionários provavelmente envolvidos no roubo para a devida responsabilização criminal.
A área dos mercados e feiras parece ter sido a mais lesada, uma vez que é a que contribuiu com maior parte de receitas diárias, estimadas em 65 mil meticais, de acordo com o vereador.
Ele disse que os sectores de Saneamento e dos transportes, por exemplo, também não escaparam dos alegados desvios de verbas.
Manhiça disse também que um queixa formal sobre o assunto será feita junto das entidades que lidam com este tipo de matéria para a instauração dos processos necessários.
Refira-se que Manuel Tocova passou boa parte do tempo em que esteve em frente dos destinos da autarquia de Nampula a gerir problemas pessoais, que culminaram com o seu afastamento da presidência interina.
Ele colocou o cargo à disposição no dia 10 de Novembro, à Assembleia Municipal de Nampula, alegando “problemas pessoais e familiares”.
Tocova protagonizou uma série de peripécias e acabou na barra da justiça, tendo sido condenado a três meses com prisão suspensa, por desobediência. À data da apresentação da renúncia ao cargo, o visado estava detido desde 08 de Novembro corrente, acusado de posse ilegal de arma de fogo do tipo pistola e 100 munições.
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