O número de imigrantes ilegais e refugiados mortos no Mar Mediterrâneo superou no último fim de semana os 3 mil neste ano, o que representa o quarto ano consecutivo em que as mortes superam este número, disse nesta terça-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O porta-voz da organização, Joel Millman, lembrou em entrevista coletiva na sede da ONU em Genebra que, desde a tragédia de Lampedusa em Outubro de 2013, onde morreram mais de 360 pessoas, o número de mortes já ultrapassa 15 mil, mais de 50% dos refugiados mortos em todo o mundo nos últimos quatro anos.
"Estamos dizendo isto há anos e seguiremos dizendo, não é suficiente contabilizar estas estatísticas trágicas, devemos agir", manifestou em comunicado o diretor-geral da OIM, William Lancy Swing.
O Projecto de Migrantes Desaparecidos da OIM informou que, até 24 de novembro, tinham sido registradas 2.993 mortes nas três principais rotas do Mediterrâneo.
No entanto, no fim de semana este número superou os 3 mil depois que foram notificadas as mortes de oito pessoas na rota entre o norte da África e a Espanha e o falecimento de uma criança de 10 anos procedente do Afeganistão na ilha grega de Lesbos.
A organização também documentou a morte de 31 pessoas em um incidente na costa de Garabulli, na Líbia, depois que a embarcação naufragou, e existe o temor de que existam outros desaparecidos.
Estas últimas mortes situam em 3.033 o número de falecimentos registados neste ano no Mediterrâneo, o que equivale a uma média de dez mortes por dia desde Janeiro.
"2017 foi o ano em que o limite de 3 mil mortes foi alcançado mais tarde", ressaltou Millman, que lembrou que no ano passado este número foi superado no mês de Julho, enquanto em 2014 e 2015 a cifra foi superada em Setembro.
O porta-voz concluiu que, apesar de o número de mortos ter diminuído em 2017, "o Mediterrâneo continua sendo uma das rotas mais mortíferas do mundo".
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