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domingo, 17 de dezembro de 2017

Mulher que queimou e matou o marido com óleo quente de cozinha não se arrepende

A cidadã que regou o corpo do marido com óleo quente de cozinha, na madrugada de 04 de Fevereiro deste ano, no bairro Tsalala, no município da Matola, após uma briga supostamente em consequência de o cônjuge – que dias depois morreu no Hospital Central de Maputo (HCM) – ter tirado satisfações sobre a contínua infidelidade de que era vítima, começou a ser julgada, na semana finda, pelo Tribunal Judicial da Província de Maputo.

Sem remorso nem sinal de arrependimento, a criminosa confessou que regou, propositadamente, o corpo do esposo com óleo quente de cozinha, porque ele tinha um ciúme doentio. Ficava sempre no pé dela, procurando controlar os seus passos e até a acusava de ter amantes.

“Tirei o meu filho do quarto”, onde dormia com o pai, “fui para a cozinha, aqueci quatro litros de óleo de cozinha numa panela. Carreguei para o quarto e deitei-o todo ele no seu corpo (...)”, disse Fernanda.

À data dos factos, a família do malogrado disse que relação extra-conjugal que indiciada mantinha já era feita aos olhos dos vizinhos e de todos, de tal sorte que, algumas vezes, mantia encontros nas proximidades da residência do casal.

Em tribunal, a viúva de Rúben Matsombe contou que, em Janeiro do ano em curo, houve uma brigaram sem precedentes, supostamente porque o finado descobriu uma foto que a esposa tirou com um homem desconhecido, o qual alegou que era seu amante.

No mesmo aparelho, ele descobriu um contacto telefónico do “meu primeiro namorado”.

Já em Fevereiro, um pouco antes de ser gravemente ferido com óleo quente, Rúben Matsombe surpreendeu a sua consorte na companhia de uma amiga. As duas estavam com um cidadão que aos olhos de Rúben era amante da esposa.

Na altura, ele exigiu explicações do referido indivíduo. Este, assustado, arrancou o carro em que se fazia transportar às pressas e embateu num muro da vizinhança. Gerou-se uma confusão que não passou despercebida. Não tendo gostado na situação, Rúben disse à esposa – de acordo com os relatos da mesma – que a relação que durava há 10 anos, pese embora em meios a solavancos, devia terminar naquele memento, o que não agradou a mulher.

Foi por isso e mais outras desavenças que “reguei o seu corpo com óleo quente (...)”. Refira-se que este crime aconteceu numa altura em que um pouco por todo o país parecia estar na moda as mulheres – e alguns homens – queimarem os seus maridos com óleo quente de cozinha, gasolina ou petróleo.

Cite-se, por exemplo, o caso em que na madrugada de 06 de Fevereiro passado, na cidade de Xai-Xai, província de Gaza, um cidadão de 58 anos de idade, identificado pelo nome de Armando Dzimba, ateou fogo, intencionalmente, no quarto onde se encontrava a dormir com a esposa.

A senhora de 48 anos de idade, que responde pelo nome de Celeste Muchanga, encontrava-se a lutar pela vida no maior hospital do país. Mas infelizmente, o marido pretensamente homicida morreu a caminho da mesma unidade sanitária.

Em Março deste ano, uma mulher de 33 anos de idade, identificada pelo nome de Samira Martins, ficou privada de liberdade, na cidade de Quelimane, província da Zambézia, acusada de queimar gravemente o marido com recurso a gasolina e vela, causando-lhe queimaduras do primeiro e segundo graus em mais de 40% do corpo, por razões passionais.

A vítima responde pelo nome de Anselmo Edgar e encontrava-se sob cuidados médicos no Hospital Central de Quelimane (HCQ). O acto foi supostamente motivado por ciúmes por parte da indiciada.



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