Um moçambicano encontra-se a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), desde a semana finda, no distrito de Morrumbala, na província da Zambézia, acusado de cometimento de vários crime, tais como burla e defraudação, usando fraudulentamente o nome de uma instituição americana, a qual supostamente provia vagas de emprego. Por via de tais esquemas, o indiciado e os seus comparsas a monte beneficiaram-se de milhares de meticais e deixaram dívidas que ascendem a 17 milhões de meticais.
Trata-se de Idrice Mendes, que segundo as autoridades policiais recorreu à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para publicitar vagas de emprego inexistente e cobrava dinheiro aos candidatos.
Ele foi preso na última quinta-feira (15), na cidade de Quelimane, a orientar uma reunião alegadamente daquela instituição do governo dos Estados Unidos da América e sob alçada da embaixada do mesmo país em Moçambique.
Idrice Mendes surge na trapaça coordenador do projecto. Ele e a sua equipa instalaram-se no distrito de Morrumbala, onde arrendaram uma casa e algumas viaturas de luxo. Montaram escritórios e lançaram vagas para recrutamento de técnicos médios e superiores com habilidades em diversos ramos mas o plano foi desfeito.
Miguel Caetano, porta-voz da PRM na Zambézia, o visado é acusado de prática de burla e defraudação, falsificação de documentos, exercício ilegal de funções e uso de nome falso para atingir fins alheios.
Durante a submissão de candidaturas, os interessados eram posteriormente notificados pagar dinheiro como forma de acelerar o processo de admissão e atribuí-los melhores salários em dólares e outras regalias.
Os valores de suborno variavam de 10 a 60 mil meticais e, segundo o próprio incriminado, pelo menos 270 pessoas submeteram candidaturas e pagaram os montantes em alusão. Algumas delas trabalharam por poucos meses mas sem salários.
O cidadão foi detido quando se apresentou ao governo local como coordenador provincial do Projecto de Pesquisa e Extensão (PPE) da USAID e pretendia proceder à oficialização.
Idrice disse que é não sabia que a instituição a que estava afecto era falsa e exigia dinheiro para admitir pessoas. Ele trabalhava para o Corpo da Paz e a sua tarefa era receber relatórios de outras organizações e posterior se dirigir ao terreno com vista a apurar se as actividades descritas nos relatórios tinham ou não sido executadas.
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