Pelo menos 803 pessoas morreram este ano devido à malária em algumas províncias moçambicanas e outras quatro por cólera em Nampula, disse o Ministério da Saúde (MISAU), esta quinta-feira (01), e apelou para o combate de habitats de mosquitos e a observância rigorosa das medidas de higiene individual e colectiva nesta época chuvosa.
De Janeiro a Setembro deste ano, as autoridades da Saúde registaram seis milhões de casos de malária, que resultaram 803 óbitos.
Em igual período do ano passado houve 6.000.300 casos. Apesar da redução, Lídia Chongo, porta-voz do MISAU, insta as comunidades a redobrarem a higiene e evitarem charcos e amontoados de lixos nos quintais nesta época de chuva, que se estende de Outubro findo a Março próximo.
É nesta altura do ano em que as condições de saneamento do meio são cada vez mais precárias nos bairros, sobretudo na periferia.
Em Setembro passado, a médica do Instituto Nacional de Saúde (INS), Tatiana Marrrufo, afirmou, no 5º. Fórum Nacional de Antevisão Climática, em Maputo, que “existe uma forte relação entre o aumento da temperatura e a incidência da malária, na medida em que se aumenta 1ºC em média temperatura mínima semanal, isto vai levar a um aumento de cerca de 2 porcento da incidência da malária nas quatro semanas subsequentes.”
Por sua vez, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê para este ano uma precipitação normal, com tendência acima do normal, nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e norte da província da Zambézia, o que poderá resultar em mais casos de malária, que continua a ser o principal problema de saúde pública em Moçambique.
De Janeiro a Outubro de 2017, as unidades sanitárias atenderam 560.000 pessoas com diarreias. O número baixou para 480.000 no período homólogo deste ano.
Relativamente à cólera, também conhecida como “doença das mãos sujas”, o país registou 810 casos, sendo 649 em Cabo Delgado e 161 em Nampula, com quatro óbitos.
“Desde Abril que não há ocorrência de cólera”, disse Lídia Chongo. A fonte lembrou que a malária, as diarreias e a cólera ocorrem em maior escala na época chuvosa e, infelizmente, continuam a ser enfermidades que constituem “um problema de saúde pública”.
A responsável alertou que a cólera é uma doença mortífera quando não é tratada atempadamente. A forma mais eficaz de preveni-la é consumir água e alimentos limpos, evitar a proliferação do lixo, lavar sempre as mãos antes de manusear os alimentos e depois de usar os lavabos.
via @Verdade - Últimas https://ift.tt/2CWyDlG
0 comments:
Enviar um comentário