Passou de nove para 10 o número de óbitos em consequência de uma suposta intoxicação alimentar, no distrito de Chiúta, província de Tete. A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve duas pessoas em conexão com o caso.
Décima pessoa encontrou a morte no Hospital Provincial de Tete (HPT), onde estava internada e estado grave. Uma vítima segue hospitalizada, também em estado crítico.
Os perecidos são de duas famílias residentes no posto administrativo de Kazula, que no domingo (02) ingeriram uma massa de farinha de milho, vulgo chima, com caril de feijão.
Segundo a Televisão de Moçambique (TVM), numa casa morreram sete indivíduos e noutras três. Suspeita-se que as vítimas tenham sido envenenadas na sequência de desavenças à volta de um curral de gado.
Chepa Mesa, responsável adjunto do Comando Distrital da PRM de Chiúta, disse à TVM que há fortes suspeitas de os indivíduos detidos serem os mentores dos alegado envenenamento.
A directora do HPT, Lídia Cunha, disse na segunda-feira que foram colhidas amostras para efeitos de exames com vista a apurar a causa da intoxicação.
Chiúta é um dos nove que estão a braços com bolsas de fome na província de Tete. Os outros são Cahora Bassa, Changara, Chifunde, Doa, Magoe, Marara, Moatize e Mutarara.
O facto é reconhecido pelo governo local, que tentou escondê-lo e fazer passar uma boa imagem no que à segurança alimentar diz respeito, diante do Presidente da República, Filipe Nyusi, durante uma visita de trabalho àquele distrito.
“Vocês enganaram-me. Eu fui lá [em Chiuta] para dizer que não há fome e eles disseram que há fome (...). Dificultaram-me o comício. Ali, hoje eles [a população] disseram-me, em coro, que tem problemas. Para vocês não há? Qual é a explicação? Disseram em coro, vocês ouviram! Contrariaram”, reagiu Nyusi, após descobrir a desonestidade dos seus subalternos.
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