Os agentes da Polícia da República de Moçambique(PRM) deixaram oficialmente de ser “cinzentinhos”, nesta terça-feira(04), passando a envergar um novo uniforme em tons “azulinhos” que custaram ao erário mais de 466 milhões de meticais, muito mais do que todo orçamento de investimento alocado para 2019 na província do Niassa, de Manica ou de Inhambane.
“O uniforme mais do que simples nova indumentária deve representar o renascer de uma Polícia da República de Moçambique aprumada, cada vez mais próxima da comunidade e dos seus anseios”, desafiou o Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças da Lei e Ordem discursando no acto que marcou o lançamento de novo uniforme da PRM.
Filipe Nyusi afirmou que o uniforme não deve servir para extorquir o cidadão “pelo contrário, o cidadão ao ver o policial deve encontrar o sossego e a paz”.
Equivocadamente o Chefe de Estado declarou que nas estatísticas da corrupção em Moçambique encontra-se “o polícia com o expoente que agrava os indicadores”.
É que embora alguns agentes da Polícia da República de Moçambique sejam a face visível da corrupção o expoente deste mal encontra-se sim nos corpos sociais do partido Frelimo, nos gestores públicos, nos dirigentes do Estado e até nos órgãos da Justiça.
Entretanto o @Verdade apurou que os novos uniformes “azulinhos” custaram 466.235.080 de meticais, verba repartida entre o Orçamento de Estado de 2018, e de 2019.
Paradoxalmente o custo desta nova indumentária supera toda verba prevista para despesas de investimentos durante o próximo ano na província do Niassa, que são 300,4 milhões, ou para a província de Manica, 397,1 milhões, ou mesmo para a província de Inhambane, 310 milhões de meticais.
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