Foi enfim inaugurada a megalómana ponte entre a cidade de Maputo e o distrito municipal de Ka Tembe. Oficialmente o custo é de 785 milhões de dólares norte-americanos no entanto os moçambicanos vão pagar, ao que tudo indica com as receitas do gás natural da Bacia do Rovuma, por esta ponte dos “maputenses” cerca de 1,3 bilião de dólares à China. Só em juros serão mais de 30 milhões de dólares norte-americanos anuais até 2039.
O Presidente Filipe Nyusi descerrou a placa, com o seu nome, e cortou a fita mas a ponte suspensa mais longa do continente africano deveria ter sido inaugurada por Armando Guebuza, que aliás fez-se presente no evento que parou a capital moçambicana no dia 10 de Novembro, pois foi o seu Governo que em 2011 iniciou o endividamento dos moçambicanos para esta obra.
“Hoje é um dia ímpar para a nossa história, o sonho de Samora Machel, herdado sabiamente por Joaquim Chissano e posto em andamento por Armando Guebuza foi concretizado. Nós não fizemos nada de extraordinário senão garantir a conclusão sem interrupção da obra iniciada seis meses antes da nossa tomada de posse no momento em que o país enfrenta desafios de carácter económico” reconheceu Nyusi.
Mas à parte das toneladas de cimento, betão, areia, ferro e outros materiais de construção usados na obra, que é uma afirmação da presença chinesa no nosso país, afinal “Moçambique constitui uma parte importante da extensão histórica e geográfica da iniciativa um cinturão e uma rota em África”, como afirmou o embaixador Su Jian, fica uma dívida de 756.567.361 de dólares norte-americanos, que corresponde ao Orçamento do Conselho Municipal de Maputo para mais de 13 anos.
Aliás dava para cobrir o actual Fundo de Compensação para as 53 Autarquias de Moçambique durante toda década.
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