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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

OTM quer acções “extraordinárias” para parar ataques em Cabo Delgado

A Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-Central Sindical) entende que “se nada de extraordinário não for feito” para parar os ataques armados perpetrados por grupos armados na província de Cabo Delgado, a perda de investimentos será maior e os efeitos negativos na economia nacional serão igualmente incalculáveis.

Números oficiais sugerem que mais de 200 pessoas já foram assassinadas desde que a onda de violência começou nos distritos de Mocímboa da Praia, Nangade, Macomia e Palma, no dia 05 de Outubro de 2017. Várias residências da população foram também destruídas, algumas delas com recurso a incêndio.

Diante desta situação, Damião Simango, da OTM-Central Sindical, disse, em representação do secretário-geral daquela agremiação, Alexandre Munguambe, que se o Governo não fizer coisa nenhuma, “corremos o risco de perder grandes investimentos”.

A fonte, que falava na quinta-feira (28), em Maputo, na abertura da I Sessão Plenária da Comissão Consultiva do Trabalho (CCT), ajuntou que se persistir a falta de um plano para debelar os mesmos ataques mais moçambicanos continuarão a morrer.

“Vamos perder postos de trabalho, o país vai perder a oportunidade de alavancar a sua economia e o seu desenvolvimento”, disse Damião Simango, para quem a suspensão de obras por parte de investidores em Cabo Delgado deve constituir preocupação e, acima de tudo, um sinal de que se está “perante um assunto muito sério”.

Quem também não tem ficado indiferente perante esta situação é o Presidente da República, Filipe Nyusi. Esta semana, ele exigiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) tenham acções vigorosas capazes de eliminar, com urgência, os grupos extremistas que criam instabilidade em alguns distritos daquela parcela do país.

O Chefe do Estado falava na segunda-feira (25), na Escola Prática da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Matalana, distrito de Marracuene, província de Maputo, a cerimónia de encerramento de cursos de especialização de diferentes ramos policiais.



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