A bancada parlamentar do partido Renamo, órfã da sua Chefe que está em licença de parto, desafiou nesta quinta-feira (28) a Assembleia da República “a revogar o dispositivo legal que tenta transformar estas dívidas inconstitucionais e ilegais em dívida limpa na Conta Geral de 2015 em resposta ao apelo à inúmeras vozes da sociedade moçambicana que dizem em uníssono nós não queremos pagar esta dívida”.
Pela voz de Mário Ali, o maior partido de oposição disse no discurso de abertura da penúltima Sessão Ordinária da VIII Legislatura do Parlamento, que “exaltaremos a pátria se todos o envolvidos forem presos, julgados e obrigados a devolver o que roubaram do povo, aí sim exaltaremos a pátria. Por isso, nós não queremos pagar estas dívidas inconstitucionais e ilegais”.
“Ainda sobre estas dívidas a Renamo propõe e desafia a esta Assembleia da República a revogar o dispositivo legal que tenta transformar estas dívidas inconstitucionais e ilegais em dívida limpa na Conta Geral de 2015 em resposta ao apelo à inúmeras vozes da sociedade moçambicana que dizem em uníssono nós não queremos pagar esta dívida. Está claro que esta dívida não é almofada do homem como ferverosamente alguns deputados aqui presentes defenderam esta calamentosa situação. Esta dívida é um flagelo para toda a sociedade moçambicana. Compatriotas, exaltemos a pátria retirando este fardo dos ombros dos moçambicanos”, afirmou o vice-chefe da Bancada do partido Renamo.
Mário Ali fez um balanço “histórico” VI Congresso, “realizado nos dias 15 a 17 de Fevereiro no Santuário e Mística Serra de Gorongosa”, aproveitou para lançar a campanha eleitoral do seu novo líder: “com o Presidente Ossufo Momade os moçambicanos poderão beneficiar-se do que mais anseiam, ensino e assistência medica e medicamentosa de qualidade, igualdade de tratamento dos cidadãos, infra-estruturas funcionais, assistência às camadas mais vulneráveis através duma governação participativa e inclusiva onde a corrupção tem tolerância zero”.
O maior partido de oposição manifestou a sua preocupação “a situação da instabilidade social e confrontação armada que se regista na Província de Cabo Delgado” questionando a “actuação impávida, impotente e desnorteada das Forças de Defesa e Segurança perante a agressividade e chacina perpetradas pelos agressores”.
“As Forças de Defesa e Segurança que sempre se mostram tenazes, implacáveis contra o cidadão pilha galinha e o povo indefeso que simplesmente pretende manifestar-se para exigir seus direitos consagrados na Constituição, estão descaracterizadas, denotam fragilidade e incapacidade de repor a ordem e tranquilidade em Cabo Delgado” assinalou Ali que manifestou a solidariedade do partido Renamo “aos jornalistas que estão sendo vítimas do regime apenas por exercerem a sua actividade profissional de informar e formar a sociedade”, exigindo a sua libertação.
Mário Ali comentou o encontro recente entre o Presidente Filipe Nyusi e Ossufo Momade, indicando que o processo negocial “tem trazido sinais de esperança que permitirão uma paz efectiva, verdadeira reconciliação nacional e um ambiente propício para os investimentos nacionais e estrangeiros” e destacou, dentre os 30 pontos da agenda, os cinco dispositivos legais sobre a descentralização como as prioridades da Bancada Parlamentar da Renamo.
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