Manhiça, encabeçando a lista A, foi eleito por 682 votos, correspondentes a 60.9 por cento dos 1.119 médicos que votaram em 10 mesas constituídas nas províncias de Moçambique.
O novo Bastonário venceu as 3ª Eleições da Ordem dos Médicos em sete províncias comparativamente ao candidato da lista B que obteve 437 votos e ficou à frente na votação em apenas três províncias. Gilberto Manuel Manhiça é o terceiro Bastonário e propôs-se a tornar a instituição criada em 2006 mais “inclusiva e transparente”.
O candidato derrotado, Eugénio Zacarias, que sucedeu a Aurélio Zilhão em 2014, abalou o sector de Saúde quando apostou na defesa da qualidade e regulação da profissão em Moçambique impondo a certificação de todos os médicos nacionais e estrangeiros a exercerem a actividade através da inscrição na Ordem.
Em 2016 a Ordem dos Médicos conseguiu impor aos licenciados em medicina a realização de um exame de Certificação para serem considerados médicos e poderem exercer em Moçambique.
António Eugénio Zacarias questionou, em entrevista ao @Verdade em 2017, o dinheiro gasto pelo Governo na formação de milhares de profissionais de saúde em vez de investir em médicos” e afirmou que os mais de 15 mil técnicos formados pelo Instituto Superior de Ciências de Saúde “são pessoas que nem são médicos nem são enfermeiros, são híbridos. O indivíduos tem a 12ª classe, fica lá mais 3 ou 4 anos e sai doutor”.
No nosso país existem apenas 1897 licenciados em medicina, dos quais 1707 são nacionais, o que coloca um médico para 14,7 milhões de moçambicanos.
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