A primeira visita oficial de Filipe Nyusi ao Egipto, um país sem trocas comerciais com Moçambique, foi o argumento para que o Presidente pudesse assistir a abertura do Campeonato Africano da Nações (CAN) em futebol que iniciou no passado sábado (21).
Oficialmente a visita do Chefe do Estado moçambicano foi para a “consolidação e aprofundamento das relações de amizade e cooperação existentes entre Moçambique e Egipto, nos domínios bilateral e internacional e constituirá uma oportunidade dos dois países definirem estratégias para o reforço das relações políticas, económicas e empresariais”, porém na noite da sua chegada Filipe Nyusi foi um único Presidente africano que acompanhou Abdel Fattah El – Sisi durante a faraónica cerimónia de abertura do CAN de 2019.
Além das relações históricas, que remontam aos tempo da Luta Armada, Moçambique e o Egipto não tem quase nenhum tipo de relação actual. Em termos económicos e empresariais as cifras são tão inexpressivas que nem sequer constam da Balança de Pagamentos compilada pelo Banco de Moçambique e a situação não deve altera-se mesmo com as promessas de investimentos no sector de gás natural.
Aliás se algum potencial existisse nesse sector seria indicado o ministro dos Recursos Minerais, seu adjunto, ou o PCA da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos participarem da comitiva, o que não aconteceu.
Entre visitas a instituições públicas e passeio pelas pirâmides em termos políticos, e apesar do Egipto ocupar a presidência rotativa da União Africana, o encontro oficial com o Presidente Abdel Fattah El – Sisi foi mais curto do que o tempo que juntos passaram no Estádio Internacional do Cairo.
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