Defraudada a tentativa de colocar os Parceiros de Cooperação a pagarem toda a reconstrução e investimentos nas zonas directa e indirectamente afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth o primeiro-ministro esteve nos EUA mas não conseguiu nenhum desembolso, sequer do 1,2 bilião de Dólares prometidos na Conferência de Doadores. “Teremos que repartir um pouco mais o pacote que saiu da Beira, em vários pequenos pacotes muito bem estruturados, muito bem direccionados, para que possamos vende-los aos nossos parceiros” disse Carlos Agostinho do Rosário.
Substituindo o Presidente Filipe Nyusi, que preferiu assistir ao início do Campeonato Africano de Futebol e visitar as pirâmides, numa cruzada diplomática para tentar que a Comunidade Internacional desembolse pelo menos 900 milhões de Dólares norte-americanos antes do fim do ano Carlos Agostinho do Rosário desdobrou-se entre a 4ª Sessão Temática Especial das Nações Unidas sobre Água e Desastres, que teve lugar na segunda (24) e terça-feira (25) em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), e encontros com o secretário-geral das Nações Unidas, António Gueterres, e até foi bater a porta do antigo Presidente Bill Clinton. Contudo não conseguiu transformar em dinheiro as promessas de ajuda.
“Cabe a nós agora organizar-nos e estruturar-nos bem para que possamos tirar proveito da abertura dos nossos parceiros. Teremos que repartir um pouco mais o pacote que saiu da Beira, em vários pequenos pacotes muito bem estruturados, muito bem direccionados, para que possamos vende-los aos nossos parceiros de forma fácil. Há quem queira apoiar a Saúde, outros Água, outros Habitação, então nós temos que preparar esses pacotes e aproximar-nos aos nossos amigos quer nas instituições internacionais, mesmo amigos personalidades como o ex-Presidente Clinton”, disse a jornalistas o primeiro-ministro.
Carlos Agostinho do Rosário explicou que Moçambique tem de “fazer um cronograma, uma matriz do que fazer, o que fazer e quando fazer. As nossas embaixadas, todas elas, vão ter tarefas para trabalharem nesse sentido, os sectores do Governo também terá a sua quota parte, o nosso Gabinete de Reconstrução em coordenação com as embaixadas fará também acções de seguimento para que possamos converter toda essa vontade, toda essa abertura dos nossos parceiros em ajuda concreta para que a reconstrução se faça em tempo oportuno”.
Recorde-se que o Executivo de Nyusi quantificou em 3,2 biliões de Dólares norte-americanos as necessidades para reconstrução e recuperação da vida nas províncias de Sofala, Cabo Delgado mas também em Tete, Zambézia e Inhambane. Desse montante 1,5 bilião de Dólares são relativos a recuperação de bens públicos e privados e outro bilião e meio para injectar nas actividades económicas e sociais.
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