A empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) garantiu, na sexta-feira, 22 de Novembro, que os focos de cheiro e cor detectados na água fornecida aos consumidores das cidades de Maputo, Matola e da vila de Boane, na província de Maputo, não afectam o padrão de qualidade da água distribuída.
A perturbação na percepção da qualidade de água resulta da proliferação de plantas aquáticas, causada pelo incremento da matéria orgânica, em consequência dos trabalhos de limpeza do leito do Rio Umbelúzi levados a cabo pela Administração Regional de Águas do Sul (ARA SUL), a montante da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Umbelúzi.
O director de Produção e Distribuição em Alta da AdeM, Armindo Pene, referiu, a propósito, que, de algum tempo para cá, a empresa tem estado a registar uma descarga razoável, que permite produzir água até ao limite da ETA, após um longo período de estiagem.
“Durante esse tempo, o Rio Umbelúzi desenvolveu uma planta que, à medida que a água flui, desloca-se em direcção ao ponto de captação na estação de tratamento, criando uma situação preocupante, que levou à ARA SUL desencadear um processo de limpeza do leito do rio”, enfatizou.
Trata-se de uma empreitada de capital importância do ponto de vista de melhoria da qualidade de água, assim como do volume do líquido captado por dia: “Entretanto, as máquinas utilizadas neste processo de limpeza remexem o leito do rio, agitando a matéria orgânica suspensa, bem como a dissolvida, o que obriga a AdeM a proceder, igualmente, à remoção do referido material sólido, para garantir uma melhor qualidade de água distribuída.
Com efeito, segundo assegurou Armindo Pene, a AdeM, através de dois laboratórios localizados na ETA, nomeadamente de controlo e de tratamento de água, tem estado a realizar análises constantes para que o padrão de qualidade de água esteja dentro dos limites da potabilidade exigidos.
“Os trabalhos de limpeza do leito do rio poder-se-ão prolongar por mais uma semana, razão pela qual a AdeM está a criar condições no sentido de garantir que a água consumida esteja dentro dos parâmetros de potabilidade recomendadas para o consumo humano”, indicou, realçando os trabalhos de amostragem e monitoria da qualidade de água desenvolvidos pelas equipas de monitoria, que operam ao nível dos centros distribuidores.
O director de Produção e Distribuição em Alta alertou aos consumidores, que possuem reservatórios de água de grande volume, para que façam a devida manutenção, criando condições para a renovação da água nos depósitos.
“Muitos consumidores adquiriram tanques de grandes volumes, alguns dos quais não têm tido a manutenção necessária, gerando situações de risco, decorrentes da deterioração da água, muitas vezes imputadas erradamente à AdeM”, concluiu.
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