O projecto “Cidadania”, promovido pelo Standard Bank e que visa a atribuição gratuita de documentos essenciais aos cidadãos, permitiu a emissão de um total de 816 bilhetes de identidade, 400 assentos e igual número de certidões de nascimento, no posto administrativo de Nhangau, na cidade da Beira, província de Sofala.
A iniciativa, levada a cabo recentemente naquela zona, que dista cerca de 40 quilómetros do centro da cidade da Beira, tinha como objectivo levar os serviços de identificação civil e de registo aos cidadãos para que tivessem a oportunidade de tratar os documentos a fim de estarem, por via disso, aptos para o pleno gozo dos seus direitos e para o cumprimento dos seus deveres.
Para o Standard Bank, a adesão massiva à iniciativa, por parte dos residentes daquele posto administrativo, e não só, revela o quão importantes são os documentos na vida dos cidadãos, uma vez que deles depende o acesso a inúmeras oportunidades, tais como o emprego, a educação, o acesso aos serviços bancários, entre outras.
“A partir daqui, as pessoas vão poder legalizar os terrenos onde estão implantadas as suas casas, matricular os seus filhos, participar no processo da inclusão financeira através da abertura de contas bancárias e beneficiarem de outros serviços que o País oferece”, frisou o director de Marketing e Comunicação do Standard Bank.
Na ocasião, Alfredo Mucavela reiterou a continuidade do projecto, tendo em conta o seu impacto na vida das comunidades: “Enquanto existirem pessoas que necessitam de documentos, nós vamos continuar a promover esta iniciativa. As enchentes e a aglomeração que temos testemunhado em todos os locais, por onde passamos, incentivam-nos a continuar”.
A campanha beneficiou, igualmente, cidadãos que perderam os seus documentos aquando da passagem do ciclone Idai, que assolou a zona Centro do País nos dias 14 e 15 de Março passado, o que, para o director provincial da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Sofala, representa um contributo para os esforços que têm sido envidados com vista ao restabelecimento da vida normal das populações: “É um gesto de louvar e esperamos que haja mais iniciativas do género. Depois deste processo, pretendemos colocar brigadas móveis semanais ou quinzenais para abranger maior número de pessoas”, disse Yazalde de Sousa.
Por seu turno, o secretário do bairro Nhangau-Sede mostrou-se satisfeito por o Standard Bank ter levado a iniciativa àquela zona, tendo, na ocasião, Mutonguiua Manuel apontado duas das causas que levam a que as pessoas cheguem a atingir mais de 50 anos de idade, sem documentos. “Primeiro, as pessoas vivem em zonas recônditas e o bilhete de identidade, por exemplo, não constitui prioridade para eles, pois não têm emprego formal.
Segundo, aqui (em Nhangau) não temos postos de registo civil e de identificação civil, por isso não temos documentos”, referiu Mutonguiua Manuel, para quem esta iniciativa vai ajudar a minimizar este problema. Ana Paula Branquinho perdeu o seu bilhete de identidade na cidade de Maputo, no princípio do mês de Novembro, e viu-se obrigada, literalmente, a regressar a Nhangau para tratar o assento de nascimento uma vez ter sido aqui registada.
Por sorte, teve no projecto “Cidadania” a oportunidade de tratar, gratuitamente, um novo bilhete: “Vim cá de imediato, porque quando se perde o documento, tudo pára. Você deixa de ser alguém. Esta iniciativa está a ajudar muita gente. Continuem assim, pois ajudar o próximo é sempre bom”, sublinhou Ana Paula Branquinho.
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