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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Mais de 10 mil quilómetros de estradas ficaram por asfaltar ou reabilitar este ano em ...

Foto de Adérito CaldeiraA crise da Dívida Pública Pública que estamos a viver afectou o plano de asfaltagem, reabilitação e manutenção de mais de 10 mil quilómetros de estradas em Moçambique. Particularmente comprometida estão as estradas regionais, dos 125 quilómetros previstos reabilitar este ano apenas 6,1 quilómetros foram realizados. Além disso dezenas de pontes ficaram por ser concluídas e a manutenção de outras ficou aquém do planificado.

A falta de fundos externos para o investimento nas estradas nacionais, devido a suspensão do apoio do Fundo Monetário Internacional e dos doadores, ditou que a implementação das actividades previstas no Plano económico e Social(PES) de registasse “um progresso físico ponderado de 31%”, reconhece o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos(MOPHRH) no relatório balanço semestral do PES de 2017 apresentado durante o III conselho coordenador da instituição que teve lugar semana finda em Boane.

Nas províncias de Manica e Sofala não foram iniciadas as obras de asfaltagem e reabilitação dos 112 quilómetros da R521 entre Muxúnguè, Machaze e Espungabera; não iniciaram as obras na R520 que liga Dombe a Goonda; também não foram iniciadas as obras nos 170 quilómetros da N261 entre Nhamapanza e Sobwe; e ainda não avançaram as obras nos 150 quilómetros que vão conectar Massangene e Espungabera através da R441.

Em Tete não iniciou asfaltagem da N303, 245 quilómetros que vão ligar Bene, Fingoe e Zumbo, nem a N3233, 260 quilómetros que vão conectar Madamba, Mutarara e o rio Chire.

Na província da Zambézia aguardam-se fundos para iniciar a asfaltagem dos 75 quiómetros que deverão ligar o rio Chire a Morrumbale e Zero através da N322.

Em Nampula não iniciou a asfaltagem dos 122 quilómetros entre Nametil e Moma, R680/683, nem dos 96 quilómetros da N104 que irá conectar Nametil a Angoche.

Faltou dinheiro para manutenção e sinalização de estradas

Foto de Adérito CaldeiraA asfaltagem de 249 quilómetros da N360, que irá ligar Cuamba a Marrupa, na província do Niassa, também não teve início durante o primeiro semestre de 2017 como estava previsto. No Corredor de Nacala a estrada entre a capital Norte e o Município de Cuamba, cuja construção começou em 2012 e deveria ter ficado concluída em 2014, continua por concluir depois de em Dezembro passado o empreiteiro ter paralisado as obras devido a atraso no pagamento das suas facturas.

O documento que o @Verdade está a citar revela que quase nada foi feito para a conservação da rede de estradas distritais, dos 1000 quilómetros previstos só beneficiaram de manutenção 74. No que as estradas municipais diz respeito nenhum dos 200 quilómetros que deveriam ter beneficiado de obras de manutenção foi intervencionado.

Mesmo as estradas não revestidas ficaram por receber manutenção, dos 6.500 quilómetros planificados para este ano somente 2.824 receberam obras de conservação quando se está há poucos meses do início de uma nova época chuvosa altura em que tradicionalmente as obras são interrompidas.

Entretanto, devido a crise que Moçambique atravessa desde que foram descobertos os empréstimos ilegais da Proindicus e da MAM, nenhum dos trabalhos de sinalização em 440 quilómetros da rede rodoviária que deveriam ter acontecido este ano teve sequer início.

Construção, reabilitação e manutenção de pontes adiada devido a falta de dinheiro

As obras de reabilitação da ponte sobre o rio Save que deveriam “ter iniciado há 2 anos ainda não iniciaram devido ao atraso no pagamento do adiatamento”, pode-se ler no relatório balanço semestral do PES de 2017 apresentado durante o III conselho coordenador do MOPHRH.

“Por motivos da desvalorização do metical face ao dólar(norte-americano), o empreiteiro propõe o pagamento de 70% do contrato ao câmbio do dia. Enquanto isso o Governo de Moçambique está em processo de análise da proposta e actualização de preços apresentada pelo empreiteiro, na sequência da contínua desvalorização do metical face às principais moedas externa”, acrescenta o relatório que estamos a citar.

ArquivoRecorde-se que recentemente o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, sugeriu a concessão da ponte a um privado que a reabilitasse e instalasse portagens para a recuperação do seu investimento. Uma ideia mirabolante tendo em conta que é a única passagem rodoviária entre o Sul e o Centro de Moçambique.

As construções das pontes de Muarua e Chipaca não iniciaram devido a exiguidade de fundos. Estão paralisadas, devido a falta de pagamentos, desde 2015 nove pontes na estrada N529, sobre os rios Sangadze I, Sangadze II, Pómpue, Macuca, Chidge, Mangale, Tsanzabue, Nhagucha, Nhancheche. Estava também por concluir a 5% a ponte sobre o rio Muíra inaugurada semana finda pelo Presidente Filipe Nyusi.

Paralisadas estão ainda as obras de construção das pontes sobre os rios Muasi, Namutimbua, Lunho, Lugenda, Uriate, Necoledze, Messenguesse e Lureco.

Ficaram por receber obras de manutenção oito pontes: a ponte sobre o rio Rovuma em Cabo Delgado, a ponte da Ilha de Moçambique em Nampula, a ponte Armando Guebuza em Sofala e Zambézia, a ponte sobre o rio Lugela na Zambézia, a ponte Samora Machel em Tete, a ponte Kassuende em Tete, a ponte sobre o rio Limpopo em Gaza e também a ponte sobre o rio Incomáti em Maputo.



via @Verdade - Últimas http://ift.tt/2wCXrZr

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