A Polícia da República de Moçambique confirma que nenhum caso relativo aos assaltos nas residências dos padres que se registam de forma sistemática na cidade e província de Maputo foi esclarecido e que a polícia está ainda a trabalhar para identificar os autores.
O porta-voz da Polícia ao nível do Comando Geral, Pedro Cossa, convidou, ontem, a imprensa para o habitual briefing semanal sobre a situação criminal no país. Curiosamente, ao longo do seu resumo, não mencionou nenhum caso relativo aos assaltos a residências dos padres que se registam de forma sistemática no país, muito menos o caso do assassinato do Padre Valentim Camala, da Igreja Católica, ocorrido no Bairro da Liberdade, província de Maputo, apesar de se ter registado na mesma semana de que fazia análise.
Quando questionado sobre o caso, disse que a polícia está ainda a trabalhar. "Estamos a trabalhar no assunto. Deixem-nos trabalhar, não só para esclarecer o caso, mas também para descobrir o móbil deste tipo de crimes", disse Pedro Cossa.
Recorde-que o assassinato do Padre Valentim Camala é o segundo que envolve clérigos em menos de dois meses. O primeiro envolveu três padres da paróquia Santo António de Malhangalene, na cidade de Maputo, em plena Páscoa, que até hoje não foi esclarecido.
Sobre este caso, o porta-voz da polícia ao nível do Comando Geral disse ser ainda possível identificar os malfeitores, porque só a lei é que estabelece os intervalos para a investigação de um caso.
Os padres católicos culpam a polícia pelos altos índices de criminalidade que se registam no país, com enfoque para os assaltos às suas residências. Aliás, dizem que, de todos os casos denunciados à polícia, nenhum foi esclarecido.
Entretanto, ainda no seu briefing, Cossa disse que, no distrito de Namaacha, três pessoas foram detidas, indiciadas de transporte e uso de notas falas. As vítimas foram encontradas na posse de cerca de 350 mil randes falsos.
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