Temos aqui uma informação que, sendo real - não vejo motivos para dela duvidar - pode dar origem a bons cartuns e a comentários de vária índole digamos que perversos.
Porém, o meu foco temático não está aí, não está na ironia.
Está, antes, naquilo que a pretensão revela: um enorme prazer com os produtos naturais, produtos que são, afinal, a nossa prisão cognitiva e prática, a verdadeira marca nacional.
Em lugar de registarmos máquinas, registamos cabritos; em lugar de registarmos descobertas científicas, registamos ananases; em lugar de registarmos indústrias de ponta, registamos camarões. E isto independentemente de reflectirmos sobre o que é que cabritos, ananases e camarões têm de especificamente nosso, de distintivamente nosso, de moçambicanamente diferente dos cabritos do Malawi, dos ananases da Zâmbia e dos camarões da Tanzânia.
Já agora, em meio à febre matéria-primal, por que não registamnos o carvão de Tete neste possante exercício nacional de defesa da propriedade intelectual?
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