As autoridades da província de Manica, no centro do país, detiveram um homem que vendia títulos falsos para aquisição de nacionalidade, a 50 meticais, disse hoje fonte policial.
O homem, que já foi colaborador da Conservatória dos Registos e Notariados de Manica, durante as campanhas de registos nas regiões recônditas, de onde retirou os exemplares dos documentos, já emitia os títulos há dois anos.
"O indivíduo foi detido na sexta-feira na posse de duas cédulas e certidões falsas. A polícia já seguia pistas sobre o grupo que vendia nacionalidades através destes documentos falsos", disse à Lusa Belmiro Mutadiua, porta-voz da polícia em Manica.
O suspeito foi detido depois que uma pessoa, na posse de cédula, tentou obter o Bilhete de Identidade (BI) nos Serviços de Identificação Civil de Manica, que viriam a detetar a falsificação do documento. A cédula falsa já havia sido reconhecida no notariado.
"Consta-nos das investigações que o indivíduo nas suas incursões já havia vendido oito documentos falsos" afirmou Belmiro Mutadiua.
As autoridades da justiça em Manica manifestaram recentemente "profunda preocupação" com a proliferação de documentos falsos entre estrangeiros, a maioria proveniente da África central e dos Grandes Lagos.
"A circulação de estrangeiros com documentos, adquiridos de forma fraudulenta, está a preocupar a província. Mesmo os serviços de migração reclamam casos de cidadãos que nem falam português, mas com nacionalidade moçambicana, e que vão pedir passaporte", disse Firmino Hemilio, porta-voz da procuradoria provincial de Manica.
Dois estrangeiros e dois nacionais foram julgados em 2011 por falsificar documentos de identificação.
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