As empresas participadas pelo Estado contribuíram para o Tesouro Público, no primeiro semestre deste ano, com 379,73 milhões de meticais (cerca de 13 milhões de dólares ao câmbio actual), o que representa um crescimento na ordem de 28,54 por cento em relação a igual período do ano passado, que foi de 295,43 milhões de meticais.
Segundo o Presidente do Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), Apolinário Panguene, estes resultados derivam do aumento das receitas de dividendos, que tiveram um peso de 71 por cento das receitas totais.
Estas receitas resultaram, em grande medida, do aumento dos dividendos pagos pelas empresas Coca-Cola, SA e Soares da Costa SA.
Refira-se que a Soares da Costa SA foi a primeira vez que fez pagamentos de dividendos. Por outro lado, acrescem um aumento de 62,16 por cento das receitas resultantes do incremento do nível de resultados do IGEPE, referente ao exercício económico de 2011.
"O comprometimento do IGEPE na gestão das Participações do Estado foi corado de êxito e espelha-se num aumento de receitas em mais de 28 por cento comparadas com o mesmo período do ano passado", disse.
Falando na cerimónia de abertura do XVI Conselho Consultivo do IGEPE, Segunda-feira (27), em Maputo, Panguene disse que as prioridades do IGEPE incluem o acompanhamento do desenvolvimento das empresas estratégicas e consciencialização das mesmas para a melhoria do seu desempenho para que possam incrementar a sua contribuição nas receitas de capital, através do aumento de dividendos.
Outras prioridades do IGEPE incluem uma maior celeridade no processo de alienação das participações do Estado reservadas aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores (GTT's), dissolução e liquidação das empresas paralisadas e reversão a favor do Estado das participações reservadas aos GTT's, cujas sociedades se encontram paralisadas há mais de três anos.
Sobre as perspectivas para o segundo semestre do presente ano, Panguene destaca a continuidade do projecto Parcerias entre as Participadas (PEP).
"Queremos que haja mais parcerias entre as empresas participadas que se reflictam em mais-valias para as partes intervenientes e consequente optimização do sector empresarial do Estado e por esta via de catapultar uma maior eficiência operacional e melhores resultados em Receitas de Capital para o Tesouro Público", salientou.
O IGEPE também projecta prosseguir junto da Bolsa de Valores de Moçambique a divulgação de mecanismos alternativos de financiamento para as participadas do Estado, com perspectiva de extensão para o sector privado, em articulação com a Confederação das Associações Económicas (CTA).
A carteira de participações do Estado, até 30 de Junho, era constituída por 126 sociedades contra 131 em igual período do ano passado.
Na ocasião, o Ministro das Finanças, Manuel Chang, enalteceu as actividades realizadas pelo IGEPE na utilização de facilidades legais de transmissão e subscrição da participação social reservada aos 'GTT', para assegurar e alargar a participação de nacionais no sector empresarial, e simultaneamente, bem como acelerar o processo de saneamento da carteira desta instituição.
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