As equipas de andebol que desde esta quinta-feira (13) se encontram na cidade de Nampula em Campeonato Nacional desta modalidade, estão a provar que praticam-na por amor à camisola. Contra todas os obstáculos aliadas à falta de materiais e recintos desportivos, apoios, dentre outras, tornam a prova num autêntico convívio e momento de troca de experiência.
Elas chegaram a Nampula com meios próprios, ou seja, custearam, por exemplo, as próprias despesas de deslocação e de alimentação. O @Verdade, que acompanha o evento, constatou que os praticantes do andebol enfrentam dificuldades até de equipamento. Alguns atletas, não poucos, estão lá de calçados com a sola gasta.
A equipa do Clube do Flamingo do Norte, por exemplo, traz a mesmo fardamento que vestiu na copa "Coca-Cola". Aliás, as meninas que compõem a equipa das "Andorinhas", pertencente à Escola Secundária de Nampula, logo no primeiro dia do encontro queixaram-se de fome, sinal de que não tiveram o pequeno-almoço. Mas mesmo assim jogaram.
Alguns atletas entrevistados pelo @Verdade afirmaram, unanimemente, que o problema de infra-estruturas que com que a cidade de Nampula se debate é também o dilema das outras capitais provinciais de sua origem.
Os dirigentes prometem sempre inverter a situação mas na prática nada existe. Os atletas devem olhar para os benefícios deste desporto O secretário-geral da Federação Moçambicana de Andebol (FMA), Hassane Basse, fez, em entrevista ao @Verdade, edição impressa desta sexta-feira (14), uma radiografia que mostra o quão o andebol é uma modalidade marcadamente de fracassos no país.
Aqui em Nampula ele afirmou que as equipas praticantes desta modalidade fazem-no por amor à camisola. Falta dinheiro para apoiar os clubes. Apelou, no entanto, aos atletas a não olharem para esta e outras adversidades, mas sim, para os benefícios que este tipo de desporto traz, tais como a qualidade de vida através da realização de exercícios físicos e da recreação.
Enquanto isso, a directora provincial da Juventude e Desportos de Nampula, Ângela Reane, apelou aos intervenientes, dirigentes e praticantes do andebol a pautarem pela ética desportiva durante o campeonato como forma de evitar a violência.
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