A greve dos médicos que havia sido agendada para a próxima segunda-feira, 17 de Dezembro corrente, à escala nacional, está cancelada. A Associação Médica de Moçambique (AMM) chegou a um consenso com o Governo em relação aos pontos reivindicados, nomeadamente habitação, aumento salarial e estatuto.
Em relação a habitação, a circular 191/GMS/08 de 16/06/ 2008 foi suspensa. Os médicos voltarão a viver nas casas do Estado, as despesas de ocupação suportadas pelo Governo, neste caso concreto o Ministério da Saúde. Esta medida tem efeitos mediatos e a classe deixou claro que não aceita a co-habitação.
Quanto aos salários, os médicos conseguiram também dobrar o Executivo e fazê-lo ceder às suas exigências. Rejeitaram a proposta salarial de entre 50 mil a 107 mil meticais mensais. No seu argumento alegaram que depois de deduzido o Imposto de Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) e outros, o salário ficava entre 40 e 80 mil, com renda de casa inclusa.
Segundo os cálculos por eles feitos, os valores acima referidos significariam o seguinte: com a renda de casa de 13.500 por mês, o salário iria baixar para 26.500 e 66.500 meticais. Para um médico recém-formado seria apenas uma subida de quatro mil (4.000,00) meticais.
E mais, o salário base estava entre 20 a 38 mil, o que significava um aumento de apenas cinco mil (5.000,00) meticais para o médico recém-formado, e uma reforma não digna para os médicos "colossos", ou sja, mais antigos na área.
Sobres estes dois assuntos, habitação e salário, a discussão encerrou com a criação de uma comissão técnica conjunta, entre os médicos e o Executivo, para discutir os salários e apresentar uma proposta consensual até o dia 05 de Janeiro de 2013.
Estatuto
Sobre o estatuto, foi igualmente criada uma comissão técnica para revê-lo e harmonizá-lo até o dia 30 de Janeiro de 2013. Assim, nada mais ficou por tratar entre as partes. A greve está cancelada.
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