O rácio enfermeiro-paciente em Moçambique está longe de atingir o padrão considerado ideal, que seria de um para 15 doentes, segundo informaram, esta quarta-feira (20), os especialistas da área na abertura da quinta reunião nacional que decorre em Maputo sob o lema "dignificar, inovar e cuidar é o caminho de enfermagem."
Rita Mondlane, porta-voz do encontro, disse que o país tem de oito mil enfermeiros, entre licenciados e técnicos, número bastante reduzido tendo em conta a demanda dos pacientes pelos serviços de saúde.
De acordo com a vice-ministra da Saúde, Nazira Abdula, esta situação agrava-se, em parte, pelo facto de os enfermeiros continuarem a fugir do Sistema Nacional de Saúde para o sector privado e organizações não-governamentais, à procura de melhores condições de vida.
Entretanto, Rita Mondlane apontou que há um sentimento de descontentamento por parte da classe, relacionado com as precárias condições de trabalho e salários baixos.
O desafio é reduzir o tempo de espera nos hospitais
Um dos principais desafios apontado no encontro que junta os quadros da Saúde do país é a redução do tempo de espera no atendimento e de internamento nas unidades sanitárias. Para evitar que os doentes fiquem horas a fio à espera de ser atendidos, é necessário, para além do aumento do número de profissionais, uma mudança de atitude por parte destes e haja criação de mais hospitais.
Em relação a este aspecto, a vice-ministra da Saúde entende que desde a última reunião de enfermagem, em 2009, o sector registou muitos avanços em termos de higiene e limpeza, prevenção e controle de infecções, dentre outros. Contudo, há necessidade de se melhorar a qualidade dos serviços prestados aos utentes.
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