Partidos de oposição da Coreia do Sul prometeram nesta quarta-feira que irão levar adiante a tentativa de afastar a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, por meio de um processo de "impeachment", rejeitando a oferta de renúncia no meio de um escândalo crescente de tráfico de influência e conclamaram os membros do governista Partido Saenuri a unirem-se à causa.
Numa reviravolta que transferiu o fardo da resolução da crise que abala sua Presidência, Park pediu na terça-feira ao Parlamento que decida como e quando ela deveria sair, o que parlamentares oposicionistas repudiaram como uma manobra para ganhar tempo e evitar o "impeachment".
Os líderes dos três partidos de oposição, que juntos detêm 165 das 300 cadeiras do Parlamento unicameral e podem apresentar uma moção de impedimento, disseram que não irão negociar com a legenda de Park sobre a sua proposta de renúncia.
"O único caminho que sobrou é o impeachment conforme a Constituição", disse o líder do Partido Democrático, Choo Mi-ae, em uma reunião com os líderes dos dois outros partidos oposicionistas.
O líder do também opositor Partido Popular, Park Jie-won, disse que uma moção será submetida a votação na próxima sexta-feira, ou na sexta-feira seguinte, se necessário.
"O impeachment é o único caminho", afirmou. Park, que tem imunidade contra um processo sobre o caso enquanto permanecer no cargo, é acusada pelos procuradores de ter se conspirado com uma amiga, Choi Soon-sil, e permitido que ela exercesse uma influência indevida em assuntos de governo e na arrecadação de duas fundações criadas para apoiar iniciativas da mandatária.
Ela negou qualquer irregularidade, mas admitiu que foi descuidada em suas relações com Choi.
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