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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Operadores do bravio no Grande Limpopo querem aeroporto internacional para potenciar Turismo

Foto de Adérito CaldeiraOs operadores das fazendas do bravio localizadas na regiões adjacentes ao Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo, entre as barragens de Corrumane e Massingir, pretendem investir no aeródromo de Massingir para que seja aberto ao tráfego aéreo internacional como forma de potenciar o Turismo, “o turista não quer ter embaraços” nem perder “tempo com voltas”.

O desejo foi manifestado por Eugénio Numaio, presidente da Associação Libombos de Conservação e Turismo(Licoturismo), durante a assinatura de um Memorado de entendimento com o Governo tendo no horizonte a conservação e gestão da área transfronteiriça do Grande Limpopo.

“A elevação do nível da estrutura fícia do aeródromo de Massingir, sua modernização e abertura ao tráfego internacional iria aumentar a capacidade de de concorrência por parte do nosso País nos benefícios da criação do Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo, Áreas de Conservação conexas, e os associados estão preparados para investir”, revelou Numaio que dirige esta associação que engloba cerca de duas dezenas de operadores de fazendas do bravio nessa Região.

Esta vontade dos membros da Licoturismo vai em contramão com a visão do Governo de Filipe Nyusi que publicamente tem defendido a redução dos aeroportos internacionais para apenas três(Maputo, Beira Nacala).

Porém Numaio explicou ao @Verdade que a ideia dos membros da Licoturismo passa pela ampliação da actual pista existente em Massingir pois, “o turista não quer ter embaraços”, e citou como exemplo a facilidade criada pela recepção de tráfego internacional em Vilankulo que possibilita que os turistas que vão as ilhas voem directamente de Johannesburg “e perdem pouco tempo com voltas. Já submetemos uma proposta à ANAC, da parte dos investidores há abertura total para a mobilização dos investimentos necessários”.

Criada em 2008 a Associação Libombos de Conservação e Turismo tem trabalho em estreita parceria com o o Executivo na redução do denominado “conflito homem animal” e no combate à caça furtiva e e para o efeito vangloria-se dos seus associados terem erguido uma vedação comum cobrindo mais de 160 mil hectares, entre Massingir Mapulangue e ainda na zona do rio Sábie a Mazitonto.

A Licoturismo afirma ainda ter melhorado algumas infra-estruturas públicas para uso das comunidades, através da construção de salas de aulas, postos de saúde, furos de água, represas para o gado, casas melhoradas e ainda ter criado mais de duas centenas de postos de trabalho.

Estas fazendas do bravio estão implantadas numa das quatro Áreas de Conservação consideradas atraentes na perspectiva de investimento turístico, além de mitigar a caça ilegal um dos principais desafios é a melhoria da ligação rodoviária a partir dos aeroportos de chagada de turistas, em Moçambique e nos Países vizinhos.



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