Quatro membros da mesma família, residentes no município do Kilamba Kiaxi, arredores da capital angolana, Luanda, ficaram cegos por causa de uma doença desconhecida, noticiou no fim de semana a agência angolana de notícias (Angop).
Entre as vítimas figuram os adolescentes Elizabeth Mateus e João Cláudio Mateus, de 11 e 14 anos de idade, respectivamente, bem como Jonsom Mateus (18 anos) e Nzola Mateus (20 anos). Destes dois últimos, o primeiro contraiu cegueira total e o segundo parcial, precisou o pai das vítimas identificado por Macuntondo Lemos.
Em consequência da doença, Nzola Mateus teve que abandonar as suas aulas do ensino normal no curso de ciências físicas e biológicas, no Instituto Médio do Capolo II, em Luanda.
“Tem sido difícil a situação, dói ver essas crianças presas à escuridão, mas continuam a estudar em ensino especial, mesmo com muitas dificuldades”, lamentou o progenitor citado pela Angop. Sensibilizada com a situação, a Associação Jovens Unidos e Solidários (AJUS) doou bens alimentares, incluindo arroz, açúcar e leite, e algum valor monetário para ajudar no pagamento das despesas como a energia eléctrica cujo fornecimento já tinha sido cortado.
Para o presidente da AJUS, a constatação é lamentável e a doação insignificante diante da dor da família, uma vez que, argumentou, os bens doados apenas vão ajudar a suprir algumas necessidades, enquanto que "o fundamental é o calor humano".
Segundo ele, são atitudes do género que deixam os necessitados mais confortados, razão pela qual encorajou outras franjas da sociedade a seguir o exemplo da AJUS, mobilizando-se para iniciativas semelhantes.
Apelou à sociedade em geral, aos governantes e aos empresários, em particular, no sentido de apoiarem a família, visto serem crianças e jovens em idade escolar que perderam a visão. Aproveitou a ocasião para lançar o projecto denominado “Angola precisa de nós, eu amo Angola” que visa reforçar o espírito de solidariedade na sociedade.
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