Um total de 19 autocarros recondicionados voltará a operar a partir desta semana, de acordo com as garantias dadas ao Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, pelos gestores da Empresa Municipal de Transporte Rodoviário de Maputo (EMTPM).
Durante a visita realizada na última sexta-feira, 5 de Maio, Carlos Mesquita fez saber que, na sequência da promessa efectuada quando da visita do Presidente da República, Filipe Nyusi, à EMTPM em Abril último, a Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) e a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) comparticiparam na recuperação dos autocarros, particularmente na aquisição de pneus e baterias para os autocarros, que se encontravam paralisados devido à falta destes componentes.
Entretanto, dos 30 autocarros nesta situação, somente 19 estão em condições de operar imediatamente após a colocação dos pneus e das baterias, pois, segundo explicações dadas ao ministro dos Transportes e Comunicações, a paralisação prolongada dos meios afectou outros componentes.
Em resposta, Carlos Mesquita disse que a situação em que se encontra a empresa deve-se, em parte, “ao facto de não se fazer uma manutenção programada e preventiva aos autocarros¸ o que põe em causa a sustentabilidade da frota”.
“A empresa tem de apostar na formação dos seus trabalhadores, principalmente na área técnica, para evitar que situações deste género continuem a ocorrer”, recomendou Carlos Mesquita, que considerou não haver justificação para alguns problemas com que a empresa se debate.
“Uma bateria tem, nesta empresa, um tempo de vida útil de seis meses, mas sabemos que elas (as baterias) duram anos, se a manutenção for feita de forma regular e preventiva”, constatou o governante, que, num outro desenvolvimento, apelou ao combate à ociosidade e à racionalização da mão-de-obra.
Este apelo surge do facto de se ter constatado que, naquela empresa, um autocarro está para 14 trabalhadores, o que faz com que cerca de 60 por cento das suas receitas totais sejam destinadas aos salários, um rácio muito acima do recomendável num processo de gestão normal, que ronda os 20 por cento.
Relativamente a esta questão, a presidente do Conselho de Administração da EMTPM, Maria Iolanda Wane, afirmou que, desde Janeiro deste ano, a empresa está a redimensionar a força de trabalho com vista a reduzir este rácio.
“Numa primeira fase, estamos a dispensar os trabalhadores que já estão na idade da reforma e os que, nos seus processos individuais, têm antecedentes disciplinares que põem em causa a manutenção do contrato de trabalho”, explicou Maria Iolanda Wane.
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