Pelo menos 22 professores afectos a algumas escolas do distrito de Eráti-Namapa, na província de Nampula, estão sem vencimentos há mais de um ano, facto que os deixa com os nervos à flor da pele e de costas voltadas com o governo local.
Trata-se docentes que leccionam os níveis primário e secundário e que por conta desta situação têm abandonado os alunos à sua própria sorte. Eles justificam este procedimento com a necessidade de procurar alternativas de sobrevivência.
Segundo apurou o @Verdade, eles têm exigido explicações e a observância dos seus direitos junto da Direcção Distrital de Educação e Desenvolvimento Humano em Nampula, mas sem sucessos.
No outro momento, os mesmos professores endereçaram uma carta ao administrador do distrito, o qual criou uma equipa por si encabeçada para supostamente apurar as causas do não pagamento de ordenados.
A Direcção Provincial das Finanças em Nampula também está ao corrente do assunto. Júlio Mendes, director provincial de Educação e Desenvolvimento Humano naquele ponto do país, confirmou que, de facto os docentes em causa não auferem os seus salários há bastante tempo. De acordo com ele, o problema deve-se, em parte, ao supostamente desleixo dos próprios professores. Estes não apresentaram a tempo os documentos exigidos pelas autoridades da educação.
Os mesmos professores foram contratados no meio no ano lectivo passado com vista a fazer face à falta de professores. Uma parte deles foram colocados em zonas recônditas da província e sem condições para tratar os documentos exigidos para a regularização da sua situação contratual com o Estado, explicou Júlio Mendes.
“Muitos destes professores não têm registo na Função Publica (...)” mas são casos já desbloqueado e os respectivos processos remetidos ao “Tribunal Administrativo e às Finanças, que já estão a fazer de tudo para efectuar o pagamento num curto espaço de tempo", assegurou Mendes.
Enquanto isso, segundo o mesmo dirigente, as autoridades de educação em Nampula estão a passar um pente fino com vista a detectar docentes com certificados de formação falsos. Mendes disse que já foram detectados 74 casos desta natureza.
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