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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

SELO: Pagamento de horas extras e diferença de categoria na Educação em Nampula - Por Jorge ...

A província de Nampula é campeã em esquemas de corrupção e redes de desvio de fundos do Estado com implicações políticas negativas à governação actual. Muitas vezes esses esquemas prejudicam funcionários inocentes que mesmo com salários magros que auferem não desanimam e dão o seu máximo para este Moçambique mergulhado numa pobreza em que uma minoria rica fica cada vez mais rica e uma maioria pobre fica cada vez mais pobre. Com efeito, há indício de corrupção e desvio de fundos neste não pagamento de horas extras, diferenças de categoria e turno e meio de 2016, como podemos ver:

Segundo as informações que existem, ao nível da província de Nampula, os distritos de Nacala-Porto, Angoche e Muecate não tem dívidas de horas, diferenças, e turno e meio de 2016, Os restantes distritos falta por pagar três meses. Apenas o distrito de Malema não pagou nenhum mês em horas extras e turno e meio.

Apareceu um fundo para diferenças de categoria e apenas pagaram alguns funcionários e resta pagar outros da lista. A justificação é que não há disponibilidade financeira devido a crise económica que o país atravessa. Mesmo os administradores distritais dos distritos cujos funcionários estão prejudicados sempre cantam a mesma canção de crise económica que o país atravessa.

Depois de os professores entrarem em greve em Gaza pagaram e em Inhambane. Em Tete os professores estavam em reivindicação por esse direito.

As questões que se colocam são as seguintes: como se justifica que a tal crise económica afectar umas províncias, uns distritos e uns funcionários e outros receberem?

O ano 2017 já está a findar sem que os pagamentos tenham sido feitos. Por que é que na governação da Frelimo só com reivindicações e paralisações é que as pessoas podem ver seus direitos satisfeitos?

Desde a independência vivemos assimetrias e tratamento desigual em todos os aspectos da vida e o norte e centro são desprezados.

Apenas olha-se para as preocupações de cidadãos para vitórias nos pleitos eleitorais, como aconteceu no lançamento da pedra para asfaltagem da estrada Nampula-Angoche e Moma, só porque a população ameaçou não votar na Frelimo nos pleitos que se avizinham. Mas está ali o troço Malema-Cuamba ao cargo da Gabriel Couto que não termina há sensivelmente 6 anos só porque a população de Malema não reclama. Onde vamos com isso compatriotas?

Eu apelo o gabinete de combate a corrupção e procuradoria lançarem uma campanha de investigação para desmantelar a rede de desvio de fundos do Estado implantada na província de Nampula, porque o não pagamento destes direitos devia afectar a todas províncias, distritos e funcionários e não uns receberem e outros não.

Por Jorge Valente



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