Os 40 migrantes bloqueados no mar, ao largo das costas do sudeste tunisino, recusaram-se a desembarcar na Tunísia, anunciou quarta-feira um responsável do Crescente Vermelho tunisino.
Segundo Mungi Slim, o órgão humanitário tunisino enviou uma equipa médica para ver a situação sanitária dos migrantes que têm mulheres grávidas e crianças.
As negociações continuam com os migrantes para a sua entrada na Tunísia ou num país limítrofe do Mediterrâneo e pôr termo à sua errância a bordo do barco tunisino « Sarost-5 », que espera há mais de 10 dias ao largo de Zarzis.
Os migrantes foram socorridos perto de Malta que, como Itália, França e Tunísia, se recusa a acolhê-los. A situação destes migrantes tornou-se crítica, disse Slim, indicando que o capitão do navio "está à beira do colapso nervoso", pois o barco não é humanitário e a sua tripulação não está preparada para uma situação similar.
O capitão do navio apelou às autoridades tunisinas para intervir rapidamente para acolher esses migrantes, afirmando que a tripulação « está cansada fisica e psicologicamente ».
Estes 40 migrantes, originários de vários países dos quais o Egipto, o Mali, o Níger e o Bangladesh, deixaram a Líbia a bordo de uma embarcação que, errando em pleno mar, chegou perto de um campo de gás tunisino, onde eles foram recuperados pelo Sarost-5.
No mesmo caso, Mungi Slim indicou que o dormitório reservado aos peregrinos na cidade de Médenine, no sul da Tunísia, alberga atualmente 200 pessoas, todas originárias da África Subsariana, precisando que elas são assistidas pelo Crescente Vermelho tunisino.
Por outro lado, unidades da Gendarmaria de Sfax, a 300 quilómetros a sul de Túnis, intercetaram ao largo do mar uma embarcação com 16 migrantes tunisinos a bordo com idades compreendidas entre os 17 e os 35 anos que querem chegar a Itália.
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