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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Gestores dos medias que deveriam ser Públicos reunidos em instância turística de luxo para ...

Foto do GABINFOGestores e funcionários seniores dos órgãos de informação que deveriam prestar Serviço Público reuniram-se numa instância turística de luxo, na praia do Xai-Xai, na província de Gaza, para prepararem a vitória do partido Frelimo nas eleições Autárquicas de 2018 e promoverem maior controle sobre os medias independentes através da criação de um órgão regulador de comunicação social em Moçambique.

Indiferentes a crise que os moçambicanos, e muitos dos seus subordinados, enfrentam, afinal dirigem instituições que não geram rendimentos mais funcionam graças aos subsídios do erário, os responsáveis máximos do Gabinete de Informação, Agência de Informação de Moçambique, Bureau de Informação Pública, Centro de Formação Fotográfica, Escola de Jornalismo, Instituto de Comunicação Social, Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique reuniram-se na quinta-feira (26) e sexta-feira (27) para preparar mais uma cobertura eleitoral que garanta a vitória do partido a que pertencem.

O evento, que se realizou sob a capa do IX Conselho Consultivo do Gabinete de Informação, serviu para traçar estratégias com vista à melhoria da forma de divulgação das realizações do Governo do partido Frelimo, promoção da imagem de Moçambique e ainda preparar estratégias de comunicação para as crises governamentais.

Ademais os gestores da propaganda do partido no poder consideraram importante a criação de um órgão regulador da Comunicação Social, particularmente a independente, para alegadamente impor disciplina no sector aplicando sanções pela violação de normas que regulem a actividade.

Na abertura do encontro, que decorreu numa das mais luxuosas e caras instâncias turísticas da província de Gaza, o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Albano Macie, disse ser desejo do Governo do partido Frelimo que os jornalistas cumpram “a missão patriótica de colocar os interesses do país acima daqueles grupos privados ou de certos interesses eventualmente estrangeiros e nem ser pontas de lança de interesses que em nada contribuem para o engrandecimento da pátria”.

O governante que discursou em representação do primeiro-ministro exortou ainda aos órgãos de comunicação social a deixarem de se assumir contra o poder político e de uma alegada busca da pluralidade fácil.



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