A Grécia informou nesta quinta-feira que suspeita de acção criminosa por trás de um devastador incêndio florestal que matou pelo menos 83 pessoas e transformou a pequena cidade de Mati, a leste de Atenas, numa terra de morte e destruição.
Numa das piores tragédias gregas na memória recente, o incêndio ocorrido na noite de segunda-feira prendeu dezenas de pessoas em seus carros tentando fugir de uma parede de chamas.
“Nós temos sérias indicações e sinais significativos sugerindo acções criminosas de fogo posto”, disse o ministro da Proteção Civil, Niko Toskas, em conferência de imprensa. Ele afirmou que a polícia tem depoimentos nesse sentido, mas não deu mais detalhes.
A Reuters reportou na quarta-feira que a polícia estava a investigar como incêndio começou em três locais diferentes simultaneamente, num dia em que um segundo grande incêndio estava acontecendo a oeste da capital grega.
O número de mortos no pior incêndio na Grécia em décadas deve subir ainda mais, à medida que cerca de 300 bombeiros e voluntários vasculham a área atingida em busca de dezenas de pessoas ainda desaparecidas.
Num país assombrado pela escala da destruição, parentes desesperados apareceram na televisão para pedir informações sobre desaparecidos, enquanto surgiam dúvidas sobre como pessoas ficaram presas e por que não houve emissão de ordem de saída.
“Isso não deveria ter acontecido, pessoas morreram sem razão”, disse uma mulher, chorando, ao ministro da Defesa, Panos Kammenos, enquanto ele visitava a cidade e áreas próximas. “Vocês nos deixaram à mercê de Deus!”.
Uma mulher ainda estava procurando por sua irmã. “Nada aconteceu ao seu carro, a casa não ficou queimada, então onde está ela?, disse Maria Sarieva. “Eu acredito que ela está viva. Onde estão eles? Eles foram a algum lugar. Onde podem estar?”
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