Quatro membros superiores da Polícia da República de Moçambique (PRM) encontram-se no banco dos réus, desde esta segunda-feira (23), para responderem pelo assassinato a tiros de quatro cidadãos no distrito de Funhalouro, província de Inhambane, onde, em 2004, por exemplo, um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), identificado pele nome de Artur Samuel Macie, foi condenado também por homicídio.
Os indiciados são Joaquim Nascimento, que à data dos factos era comandante da distrital PRM na Maxixe, Julião Ruben, chefe de operações afecto à mesma instituição.
No mesmo processo-crime foram arrolados Conselho Marques e Raul Samuel, oficiais superiores da Polícia na Maxixe e afectos ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o homicídio qualificado aconteceu na noite de 26 de Maio de 2017.
As vítimas, idos da cidade de Maputo, foram interpeladas na madrugada de 25 de Maio daquele ano, na cidade da Maxixe, ainda de acordo com o MP, que acrescenta que os ofensores mantiveram os ofendidos nas celas do comando distrital, onde antes de serem mortos foram submetidos a maus-tratos.
No dia seguinte, os réus transportaram os finados numa carinha até uma mata no distrito de Funhalouro, onde consumaram o assassinato. Os cadáveres foram achados por um caçador que não se fez de rogado e contactou as autoridades policiais.
Porém, os réus refutaram as acusações que pesam sobre si e alegaram que são inocentes, alguém pretende prejudicá-los.
Apesar de a defesa entender que as provas reunidas pelo MP não são cabais para indiciar e condenar os visados, o julgamento prossegue esta terça-feira (24).
Em Inhambane, vários elementos da PRM foram condenados a diferentes penas de prisão, alguns por assassinato, outros por abuso sexual, outros ainda por corrupção, o que transmite a ideia de que as autoridades judiciais naquele ponto do país têm imposto uma mão dura contra os funcionários do Estado prevaricadores.
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