A raiva resultante de mordedura canina matou pelo menos 49 pessoas, no primeiro semestre deste ano, em todo o país, de acordo com o Ministério da Saúde (MISAU), que por conta do receio do aumento de casos, até ao fim deste ano, alerta para a necessidade de reforço das medidas de prevenção.
Os óbitos foram registados em “quase 12 mil pessoas” que sofreram mordeduras por cães, na sua maioria vadios. As autoridades de saúde recomendam que, em caso de mordedura ou arranhão por um cão ou outro animal susceptível de transmitir a raiva, a ferida seja profundamente lavada com água limpa e sabão, antes de a vítima ir ao hospital.
Em 2016, o MISAU registou cerca de 15.300 casos de mordedura canina, os quais resultaram em 94 óbitos. Este número baixou para 89 mortos, em 2017, pese embora as contaminações tenham disparado para cerca de 20 mil casos.
Na última sexta-feira (13), a directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, disse que se as mordeduras caninas prevalecerem, é possível que até ao fim do ano em curso o número de casos seja maior em relação aos do ano passado.
A fonte admitiu que, infelizmente, a vacina antirrábica ainda não está disponível em todos os hospitais do país porque o Estado não tem dinheiro para adquiri-la, bem como por limitações para a sua conservação em algumas unidades sanitárias.
Para o director do Instituto Nacional de Saúde (INS), Ilesh Jani, não são todos os casos de mordedura por cães que levam à contaminação por raiva e, na pior das hipóteses, à morte.
As consequências por conta da raiva, prosseguiu ele, dependem, por exemplo, “do local do corpo” onde a vítima for atingida, da “gravidade da mordedura” e da “quantidade de vírus inoculados”.
Uma mordedura na cabeça por um animal não vacinado representa um risco de contaminação de 50%, enquanto a mordedura num membro inferior pode significar um contágio de 12%, disse Ilesh Jani.
Recorde-se que a raiva é uma doença mortífera, provocada por um vírus que atinge quase todos os mamíferos, afecta o sistema nervoso e é transmitida pela saliva no acto da mordedura.
Trata-se de uma doença caracterizada por uma paralisia da laringe, faringe e dos músculos da mastigação, seguida por uma depressão, coma e morte por paralisia respiratória na sua fase aguda. A forma de prevenir este mal é a vacinação de cães e gatos.
Entretanto, milhares de pessoas não sabem que os cães e gatos, e porque não as aves, devem ser levados ao veterinário logo que são adquiridos pelos novos donos a fim de serem vacinados contra as seguintes doenças: raiva, cinomose, parvovirose, coronavirose, newcastle, dentre outras que podem ser fatais em caso de algum contágio humano.
Se alguém for mordido por um destes bichos deve lavar o local atingido com bastante água e sabão e dirigir-se a uma unidade sanitária para ser observado.
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