A situação de falência que as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) enfrentam, e o @Verdade revelou, agudizou durante o exercício económico de 2016 o capital próprio negativo degradou-se para mais de 1,5 bilião de meticais, as perdas acumuladas quase dobraram para 7,1 biliões de meticais e as suas responsabilidade correntes excedem os activos corrente em 3,2 biliões de meticais. As dívidas à banca comercial dispararam e o passivo ascende aos 14,3 biliões de meticais.
O Relatório e Contas da companhia aérea de bandeira moçambicana que o @Verdade teve acesso com exclusividade revela que António Pinto e a sua equipa, sem saneamento financeiro por parte dos seus accionistas do passivo de 8,6 biliões de meticais que encontraram a 31 de Dezembro de 2015, agravaram ainda mais a situação financeira da empresa durantes os seus primeiros dez meses de funções.
O capital próprio negativo que herdaram de 1.321.839.818 aumentou para 1.552.868.963 meticais, as perdas acumuladas que encontraram de 4.058.057.985 quase duplicaram para 7.103.947.625 meticais e as suas responsabilidades correntes que no fecho de 2015 excediam os activos correntes em 1.507.041.177 mais do que dobraram para 3.258.251.368 meticais.
Embora as vendas tenham aumentado, de 5,1 biliões em 2015 cresceram para 6,2 biliões no entanto o número de passageiros transportados reduziu de 684.896 para 663.408.
Um dado interessante é que este número de passageiros transportados pelas LAM em 2016 representa menos de um terço dos passageiros que passaram pelos Aeroportos de Moçambique, que foram de 1.904.237.
Com cada vez menos negócio e s custos operacionais a aumentarem o resultado do exercício que já era negativo em 2,7 biliões, a 31 de Dezembro de 2015, piorou em 2017 para 3.045.889.633 negativos.
A médio e longo prazo as LAM têm dívidas que ascendem aos 3,8 biliões de meticais no Banco Comercial e de Investimentos, no Banco ABC, no Moza Banco, no Millennium BIM ainda no Banco Nacional e de Investimentos.
No que as obrigações bancárias diz respeito a companhia aérea de bandeira moçambicana agravou o passivo corrente à banca comercial de 1,3 bilião para 1.821.271.097 meticais e as dívidas não correntes quase duplicaram d 3,8 biliões para 5.086.083.919 meticais.
A maior dívida corrente é com o Mozabanco, 900.826.000 meticais, enquanto a dívida não corrente mais alta das LAM é com o Banco Comercial e de Investimentos, 4.374.262.010 meticais.
Mais dramática é a falta de pagamento a fornecedores, o passivo corrente que era de 1,7 bilião a 31 de Dezembro de 2015 mais do que dobrou para 4.154.252.054 meticais.
Grande parte é dívida acumulada com a Aeroportos de Moçambique - 1.493.376.581 meticais relativos as taxas de aterragem e sobrevoo -, e a Petróleos de Moçambique, 1.192.182.886 meticais relativos ao fornecimento de combustíveis e lubrificantes.
No global o passivo das Linhas Aéreas de Moçambique passou de 8,6 biliões em 2015 para 14.293.852.069 meticais no fecho de 2016, do qual 7.167.744.026 é passivo corrente.
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