Perto de 19 mil jovens, dos 18 aos 35 anos, beneficiaram de estágios pré-profissionais no País, possibilitando que cidadãos economicamente activos fossem expostos a um ambiente laboral e pudessem ser absorvidos pelo mercado de trabalho.
A par dos estágios pré-profissionais, ainda neste quinquénio, mais de 10 mil jovens recém-formados pelo Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), tiveram acesso a kits de ferramentas para iniciarem as suas actividades, criando o seu próprio emprego.
Estes dados foram tornados públicos pela secretária permanente do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Graça Mula, que referiu que havendo consciência de que o Estado não pode sozinho intermediar a questão de emprego abriu espaço para o funcionamento das Agências Privadas de Emprego, estando a operar no país 34 agências, das quais 24 com licenças normais, sete para o ramo portuário e três com licenças especiais que permitem colocar moçambicanos no estrangeiro.
A fonte falava no decurso do 1º Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Emprego, realizado na cidade de Tete, nos dias 14 e 15 de Novembro corrente, sob o lema “Por mais e Melhores Empregos em Moçambique”, durante o qual foram apreciados e discutidos temas candentes relativos ao mercado de trabalho sobre os desafios e as perspectivas no domínio do emprego.
Segundo Graça Mula, cerca de 350 mil jovens entram, anualmente, na idade economicamente activa e demandam para um mercado de trabalho cada vez mais exigente, em termos de perfis requeridos para a obtenção de emprego, ao mesmo ritmo do crescimento populacional, num contexto em que os jovens são cerca de metade da população moçambicana, por um lado.
Por outro lado, 52 por cento da população moçambicana é constituída por mulheres, que são um dos grupos vulneráveis, por razões históricas e culturais, devendo por isso merecer uma atenção especial nas medidas de promoção do emprego, que é a base mais segura e imediata de distribuição da riqueza, assegurou a secretaria permanente.
"A problemática da promoção do emprego é uma preocupação fundamental do Governo, ao preconizar a integração do factor emprego na avaliação do impacto resultante dos diferentes investimentos públicos, na modernização e expansão dos centros de emprego, a operacionalização da informação e orientação profissional, entre outras acções que possam contribuir para a melhoria da empregabilidade da mão-de-obra nacional, considerando o emprego como um mecanismo de partilha dos ganhos advindos do crescimento económico do país", disse Graça Mula.
Para sustentar a sua fundamentação a interlocutora fez referência à Política de Emprego que no seu segundo pilar estabelece como medidas de promoção do emprego para jovens, “o incentivo aos investimentos para absorver a força de trabalho jovem, estimular a formação profissional desta faixa etária e a mobilidade da oferta de mão-de-obra de acordo com as necessidades dos investimentos”.
É nesta perspectiva que a classe empresarial tem uma oportunidade de aumentar os investimentos nacionais de forma sustentável gerando mais postos de trabalho para os moçambicanos.
"Neste sentido, devemos ter sempre em mente que o nosso maior desafio consiste na geração de empregos, em quantidade e qualidade, que contribuam para o aumento de empregos dignos para jovens, que são a prioridade das políticas do Governo", sublinhou a dirigente.
Participam na Reunião quadros do INEP ao nível central, delegados provinciais, representantes de instituições públicas e privadas, que, lado a lado com o INEP, implementam acções que promovem empregos e a empregabilidade dos jovens e parceiros, de modo a perspectivar e ajustar o modus operandi na implementação de medidas activas de promoção de emprego.
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