O seguro funerário e outros serviços associados ainda são pouco explorados pelas seguradoras no País, que apontam os mitos e tabus associados à morte bem como a falta da cultura de seguro no seio da população moçambicana como os principais entraves.
Esta foi a síntese da primeira conferência nacional sobre o seguro funerário e negócios afins, organizada pela MóvelCare, com o apoio da Incubadora de Negócios Standard Bank, FDSMoç e Sanlam Seguros, que teve lugar na terça-feira, 13 de Novembro, na cidade de Maputo.
Este evento contou com a participação de várias instituições que têm um papel crucial a desempenhar no sector de seguros funerários e administração funerária em geral.
Conforme explicou Tauanda Chare, fundador da MóvelCare, uma startup que usa telemóveis, inclusive os que não têm acesso à internet, para garantir o acesso ao seguro de funeral, a conferência tinha como objectivo discutir sobre o seguro funerário no País, bem como instigar às seguradoras e às funerárias a conceberem e oferecerem produtos nesta área.
De acordo com Tauanda Chare, é necessário fazer mais do que as seguradoras fazem actualmente, que é atribuir o valor do prémio do seguro (de vida ou de funeral) ao tomador do seguro ou aos beneficiários em caso de infortúnio.
“Esta conferência visava ajudar as seguradoras e as funerárias a olharem para o mercado de uma outra forma. Elas devem prestar mais atenção à área social, saberem como ajudar as famílias quando perdem um ente querido”, disse Tauanda Chare, que considera este sector rentável, apesar de estar, literalmente, adormecido.
Para o Standard Bank, a falta da cultura de seguro (em particular o seguro funerário) pode estar associada ao facto de a população moçambicana ainda recorrer às formas de poupança tradicional (xitique ou fundo social) para cobrir eventos inesperados, como é o caso da morte.
Para tal, Felda Chunguane, representante do Standard Bank, recorreu aos dados estatísticos divulgados pelo regulador de seguros, o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique, que indicam que mais de 90% da população activa não têm serviços de seguro.
Por isso, “a conferência afigura-se como uma oportunidade para levar estes serviços a quem não os tem. É de louvar a ideia de organizar este tipo de encontros, onde são debatidas ideias inovadoras para alavancar o sector de seguros”, considerou Felda Chunguane.
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