A Electricidade de Moçambique (EDM) tenta cobrar 2,5 biliões de Meticais aos seus clientes particulares e empresas, desse montante 484 milhões são dívidas de instituições do Estado, particularmente dos hospitais. Fonte da Administração explicou ao @Verdade que mais do cortar o fornecimento de energia a empresa negoceia com os seus devedores e está a migra-los para o Credelec.
Até ao início de 2019 a EDM tinha a cobrar aos seus clientes 2.491.340.625,82 Meticais, indica um balanço da empresa a que o @Verdade teve acesso. Nesse rol de devedores a maior fatia é de clientes de Baixa Tensão, 1.672.275.224,75 Meticais, entre os quais se destacam os clientes domésticos com dívidas de 1.135.600.011,97 Meticais.
Fonte da Administração da eléctrica nacional precisou que neste grupo de devedores estão incluídas as instituições do Estado que devem 484 milhões de Meticais, sendo os maiores devedores os hospitais.
O @Verdade apurou que a maior parte das cobranças está acontecer através de negociações e pagamentos a prestações que sejam sustentáveis para o cliente no entanto a principal medida, em curso, é a migração para o sistema de Credelec pois dessa forma os clientes de Baixa Tensão só conseguem adquirir energia amortizando as dívidas e a cobrança acontece sempre que a energia é comprada.
Relativamente as instituições do Estado a EDM admitiu que várias também migrou para o sistema de Credelec, pré-pago, no entanto não o pôde fazer em relação a outras como são os casos das Unidades Sanitárias.
No entanto, e sabendo do Governo que tem sido alocada verba para os custos de energia, a empresa tem negociado a cobrança das dívidas com os hospitais, tendo em conta natureza pública dos mesmo.
O @Verdade apurou que mesmo entre os clientes na tarifa Social existem dívidas acumuladas de 1.652.683,62 Meticais.
Clientes de Média Tensão devem mais de 900 milhões de Meticais
A fonte da Electricidade de Moçambique disse ainda ao @Verdade que após anos em que a empresa era obrigada a fornecer energia independentemente das dívidas acumuladas o poder político percebeu enfim a insustentabilidade das decisões afinal a EDM tem de comprar equipamentos aos preços de mercados e muitos deles, assim como a energia que distribuiu, em divisas.
Também significativos sãos os 924.235.708 Meticais devidos pelos clientes de Média Tensão fundamentalmente empresas de média e grande dimensão.
A EDM clama que apesar das revisões em alta nos seus preços para os moçambicanos, desde 2015 a tarifa doméstica aumentou mais de 100 por cento, o custo de aquisição e distribuição de energia ainda não é sustentável.
A Electricidade de Moçambique factura revelou ao @Verdade que compra a energia a uma média de 14 cêntimos do Dólar o quilowatt/hora (USDc/kWh) e vende aos moçambicanos a aproximadamente 12 USDc/kWh.
No exercício fiscal de 2018 a eléctrica Estatal facturou cerca de 500 milhões de Dólares norte-americanos dos quais 80 por cento foram gastos nos custos da energia e apenas 10 por cento corresponde as remunerações dos trabalhadores. Os resultados operacionais melhoraram o défice operacional que de 60 milhões de Dólares norte-americanos em 2017 reduziu para 30 milhões em 2018.
via @Verdade - Últimas http://bit.ly/2vixhwo
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