A cerca de um mês do início de uma nova época chuvosa e ciclónica, enquanto o Governo de Filipe Nyusi ainda vai iniciar a preparação do seu Plano de Contingências a Organização das Nações Unidas (ONU) fez em Maputo um novo apelo para mais ajuda internacional para os 2 milhões de moçambicanos que continuam a precisar de assistência humanitária de emergência no Sul, Centro e Norte de Moçambique.
Seis meses após o ciclone Idai massacrar a região Centro e quatro meses depois do ciclone Idai ter devastado o Norte a Coordenadora Humanitária da ONU em Moçambique, Myrta Kaulard, alertou nesta quinta-feira (12) que “uma temporada de ciclones está prestes a começar e isso coincide com o período de escassez de alimentos para as famílias que vivem da agricultura de subsistência, já que a próxima colheita só acontece em Março de 2020”.
Myrta Kaulard disse que “é fundamental que ajamos agora em mobilizar os recursos para apoiar as pessoas mais vulneráveis a lidar com os múltiplos choques que enfrentaram particularmente nos últimos meses e para impedir que mais famílias precisem de assistência” e apelou “existe uma obrigação moral e uma urgência para a Comunidade Internacional prestar apoio para salvar a vida dos mais vulneráveis por isso fazemos um apelo para que continuem a nos apoiar a salvar vidas em Moçambique”.
Pelo menos 611 morreram entre Março e Abril, em consequência directa dos ciclones Idai e Kenneth que destruíram 223.947 habitações nas províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, assim como 93 unidades sanitárias e 3.504 salas de aulas.
“Para esse fim o Plano de Resposta Humanitária que revemos em apoio ao INGC visa mobilizar 398 milhões de dólares norte-americanos e tem como alvo 2 milhões de pessoas que foram as mais atingidas pelo eventos climáticos, pelo fraco desempenho agrícola e pela violência”, afirmou a Coordenadora Humanitária da ONU que precisou que este montante soma-se aos 441 milhões de dólares solicitados em Maio, quando foi concluído e divulgado o Plano de Resposta Humanitária à Moçambique, e não inclui os 3,2 biliões de dólares que o Governo do país africano continua a tentar financiar para a Reconstrução da cidade da Beira e vilas foram devastadas.
Além destes existem aproximadamente 815 mil moçambicanos em situação de insegurança alimentar devido a seca que continua silenciosamente no Sul do país.
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