Os egípcios votaram Quarta-feira em eleições presidenciais e pela primeira vez na sua história os egípcios não sabem quem as vai vencer as eleições de hoje.
Através do pais o entusiasmo era evidente, com os eleitores a fazerem filas que se prolongavam em redor de quarteirões, esperando ás vezes muitas horas para votarem.
Depois de décadas de certeza em que Hosni Mubarak era sempre o vencedor os Egípcios escolheram entre 12 candidatos.
Sondagens indicavam m haver quatro favoritos, incluindo dois candidatos islamitas - Mohamed Morsi da Irmandade Muçulmana e o independente Abdel Moneim Aboul Fotouh - e dois candidatos da velha guarda, o veterano diplomata Amr Moussa e o antigo comandante da força aérea Ahmed Shafik.
Um quinto candidato tem também estado a subir nas sondagens nomeadamente o socialista Hamdee Sabahi.
A religião tem sido um dos temas centrais da campanha. A estudante Howaida Magdi da Universidade do Cairo disse que na sua opinião a religião não deveria intrometer-se na política.
Magi disse ser muçulmana mas que se concentra na questão política já que a religião é a escolha pessoal de cada um e não deve ser o padrão para se julgar os políticos.
Outras questões dominaram a campanha eleitoral, nomeadamente a economia e a instabilidade causada por contínuos protestos e crime.
O investigador da Human Rights Watch Heba Morayhef disse que o mais importante destas eleições é que as pessoas tenham confiança nos resultados que provavelmente irão necessitar de uma segunda volta.
"Estamos também a entrar nestas eleições sem uma constituição e precisamos também de um sistema judicial em que os egípcios possam ter confiança, precisamos de um presidente que seja visto como legitimo mesmo que não seja aquele por quem se votou," disse.
Morayhef disse que as eleições poderão ser marcadas por algumas irregularidades mas que não haverá as falsificações do passado.
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